Agência Reuters
A ineficiência operacional das concessionárias de saneamento brasileiras provoca uma perda média de cerca de 40 por cento na oferta de água no Brasil, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pela consultoria GO Associados a pedido da International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial.
Os prejuízos são provocados apenas por perdas de água, causadas em sua maior parte por fraudes, furos na tubulação e deficiências operacionais. A ineficiência energética também causa prejuízos, apontou o estudo, uma vez que a energia é o principal insumo nos custos das empresas de saneamento.
Caso houvesse um "esforço nacional" para reduzir as perdas de água e aumentar a eficiência energética, os ganhos potenciais poderiam chegar a 37 bilhões de reais até 2025, com redução de 50 por cento das perdas correntes, informou.
Mesmo com uma diminuição menor das perdas, de 25 por cento até 2025, os ganhos chegariam a quase 21 bilhões de reais, afirmou o estudo.
Na visão do IFC, os modelos atuais de contratação de programas de redução de perdas não têm se mostrado eficientes.
"É preciso desenvolver modelos que auxiliem as concessionárias a financiar seus investimentos em redução de perdas", afirmou por meio de nota o executivo sênior da IFC, Rogerio Pilotto. (Por Natalia Gómez; edição de Aluísio Alves)
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