Só em 2012, um produtor perdeu oito animais do rebanho.
Ataques aconteceram na Serra Tapirauã, em Tangará da Serra.
O pecuarista Eloir Vaz perdeu oito animais só neste ano, sendo que um dos ataques foi a 100 metros da residência onde estava o caseiro. Como medida de proteção, ele passou a prender os animais de sua fazenda todas as noites. “A onça pegou a mãe de um carneirinho, por exemplo, e agora ele tem que ficar preso e ser tratado com mamadeira”, disse o caseiro Pedro Pereira da Silva.
Os produtores estranham o fato de no último ano os cavalos terem se tornado o principal alvo dos felinos. O pecuarista Cláudio Roberto Custódio tirou fotos que mostram a violência do ataque a um de seus cavalos. “Todos os domingos e quartas-feiras vou dar comida aos animais e esses dias quando fui ver um dos meus cavalos estava morto. A onça não está dando só prejuízo, nós também estamos amedrontados. Tem os meninos pequenos que vão para a escola de madrugada. Onde eu passo para olhar o gado eu vejo rastros da onça”, enfatizou.
De acordo com os produtores, o que facilita o ataque do felino é o terreno da região, que trata-se de uma serra. “É o lugar em que ela [a onça] gosta de ficar. Ela pega os animais de surpresa, de madrugada e não tem como escapar. Quando ela não mata, faz um estrago grande”, frisou o criador de bovino, Irineu Antônio Vaz.
Apesar dos cuidados, depois dos ataques dificilmente os animais conseguem resistir. Segundo Irineu, nos animais que sobrevivem são aplicados anti-inflamatórios, antibióticos e antitetânicos, mas na maioria das vezes o animal não sobrevive. "Se o animal caiu, e depois que isso acontece é difícil levantar”, pontuou.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) disse que ainda não recebeu nenhum comunicado acerca dos ataques e alertou os pecuaristas sobre a importância de informar o órgão para que os técnicos ajudem a resolver o problema, além do que matar o animal silvestre é crime.
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