MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Protesto causa danos em mais de 70 pontos de Porto Alegre, diz BM


Locais foram pichados, veículos danificados e contêineres quebrados.
Um dos presos tem passagens por tráfico de drogas e assalto com lesão.

Vinicius Rebello Do G1 RS

Manifestantes queimaram contêineres na área Central de Porto Alegre (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)Manifestantes queimaram contêineres na área
Central de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
A Brigada Militar divulgou na manhã desta sexta-feira (14) o balanço dos atos de vandalismo praticados por manifestantes durante o protesto contra o valor da passagem em Porto Alegre. Os registros ocorreram na área central da capital gaúcha na noite de quinta-feira (13).
Ao todo foram 21 lojas pichadas, seis agências bancárias depredadas, dois veículos particulares e dois veículos de órgãos de imprensa foram danificados, mais de 40 contêineres de lixo foram quebrados e um incendiado. Além disso, a Igreja do Rosário e a sede do Tribunal de Justiça do estado também sofreram danos. Um policial militar foi atingido por uma pedrada e precisou de atendimento médico, segundo o Major André Cordova, da Brigada Militar. Outros seis manifestantes também ficaram feridos.
Das 23 pessoas detidas por atos de vandalismo em Porto Alegre, quatro têm antecedentes, conforme a Brigada Militar. Um deles já foi preso por tráfico de drogas, roubo com lesão, além de outras passagens pela delegacia. Segundo o Major André Cordova, a Brigada Militar efetuou a prisão de um dos líderes do grupo que encabeça os atos de vandalismo durante o percurso. O policial garante que ele já havia sido identificado em outros movimentos contra o valor da passagem na capital gaúcha. Todas as pessoas detidas foram liberadas pela polícia durante a madrugada.
A manifestação se iniciou no final da tarde. Cerca de duas mil pessoas se concentraram em frente ao prédio da prefeitura de Porto Alegre. Dali, acompanhados de perto pelo Batalhão de Choque da Brigada Militar, o grupo seguiu em caminhada pelas principais ruas do Centro da cidade.
Sob vaias, parte dos manifestantes praticavam atos de vandalismo. Lojas foram pichadas e pedras foram arremessadas contra agências bancárias, lojas e contra a sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Protesto contra o aumento das passagens começou em frente à prefeitura (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)Protesto contra o aumento das passagens
começou em frente ao prédio da prefeitura
da capital
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
A caminhada seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares, onde os manifestantes começaram a se dispersar. Porém, um grupo seguiu em direção à Avenida João Pessoa, onde teve início o confronto.
Manifestantes derrubaram e colocaram fogo em contêineres de lixo no meio da avenida e passaram a jogar pedras contra os policiais. A tropa de choque usou bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha.
"Isso aí é um absurdo, não tem que fazer isso aí. Eu não defendo a polícia militar, mas isso aí que estão fazendo é absurdo. Começou com negócio bom e uns imbecis tomaram conta", disse Gustavo Monteiro, estudante de arquitetura.
O trânsito ficou totalmente bloqueado na Avenida João Pessoa durante o confronto entre manifestantes e Brigada Militar. A confusão só foi controlada na Avenida Venâncio Aires, perto do Hospital de Pronto Socorro. Lixeiras foram queimadas e vidros de uma agência bancária foram depredados. Os manifestantes utilizaram contêineres de lixo para se proteger do ataque policial.
"Com certeza vão surgir pessoas reclamando desse excesso, ou que foram atingidas por estilhaços de equipamentos que foram usadas para dispersar a multidão. Eu me esquivei por pouco de um paralelepípedo e temos outro major que recebeu uma pedrada no capacete", disse o Major André Cordova, da Brigada Militar.
O protesto ocorreu no dia em que o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) determinou que a tarifa de ônibus de Porto Alegre continue em R$ 2,85. O relator da medida cautelar destinada à Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), conselheiro Iradir Pietroski, argumentou que os cálculos apontam para o reajuste para R$ 3,05 apresentam erros e inconformidades.

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