Grupos que se dispersaram da manifestação pela redução das tarifas do transporte público e mais recursos para educação depredaram automóveis, lojas e contêineres de lixo pelas ruas por onde passaram na noite desta quinta-feira, em Porto Alegre. Um levantamento prévio, feito por volta das 23 horas pela Brigada Militar, indicava que cinco pessoas foram presas e três ficaram feridas, sem gravidade, entre as quais dois soldados da corporação atingidos por pedradas.
As confusões começaram no local da concentração dos manifestantes. Enquanto a maioria dos cerca de 5 mil participantes do protesto permaneceu diante do Palácio Piratini, um grupo menor, com cerca de cem pessoas, saiu para o outro lado da Praça Marechal Deodoro e atirou pedras e rojões contra o Palácio da Justiça, sede de Judiciário.
Na sequência, saiu depredando contêineres de lixo e grades de lojas na Rua Jerônimo Coelho e Avenida Borges de Medeiros e seguiu para o bairro Cidade Baixa. Nas ruas em que passou, o grupo quebrou placas de sinalização e arrombou estabelecimentos comerciais e automóveis estacionados. No final da noite, repetiram-se as cenas de manifestações anteriores, com depredadores agindo e sendo perseguidos pela Brigada Militar em correrias pelo bairro.
A manifestação na Praça Marechal Deodoro reuniu público bem menor que as 20 mil pessoas da quinta-feira passada e as 10 mil pessoas de segunda-feira desta semana. Também teve carros de som e shows musicais. Uma comissão de 11 representantes dos manifestantes foi recebida pelo governador Tarso Genro, apresentou as reivindicações do movimento e ficou de receber respostas nos próximos dias.
O grupo que se desgarrou e partiu para as depredações saiu gritando "protesto não é festa". Por volta das 21 horas, o grupo maior deixou a praça e caminhou cinco quadras, até o Largo Zumbi dos Palmares, já na Cidade Baixa, onde permaneceu concentrado, pacificamente.
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