Casa Branca insiste em que desnuclearização de Pyongyang é essencial.
Regime de Kim Jong-un fez apelo ao diálogo, após meses de tensão.
O
ditador norte-coreano Kim Jong-Un visita fábrica de vidros na província
de Phyongan do Norte, em foto divulgada neste domingo (16) pela
imprensa oficial (Foto: AFP)
A Casa Branca disse neste domingo (16) que os Estados Unidos estão
abertos a negociações com a Coreia do Norte, mas frisou que o regime de
Pyongyang deve cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU
e concordar completamente com sua desnuclearização."Nós sempre preferimos o diálogo e, de fato, temos linhas abertas de comunicação com o DPRK", disse Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
A Coreia do Norte propôs neste domingo (16) negociações de alto nível com os Estados Unidos para abordar os programas de armamento nuclear e aliviar a tensão diplomática e militar na Península Coreana, alguns dias depois da inesperada anulação de discussões com o Sul, uma proposta que Washington provavelmente não aceitará, segundo analistas.
"Propomos negociações de alto nível entre o Norte e os Estados Unidos para garantir a paz e a estabilidade na região e aliviar a tensão na península coreana", informou a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte em um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.
No entanto, "nosso status de potência nuclear será mantido... até que as ameaças nucleares do exterior se acabem completamente", ressaltou, fazendo um apelo para que os Estados Unidos interrompam as sanções contra o Norte.
"A situação agora depende da responsabilidade das escolhas que os Estados Unidos fizerem", disse.
Washington havia pedido na sexta-feira a Pyongyang "ações concretas" que eliminem as preocupações sobre seu armamento nuclear.
O presidente chinês, Xi Jinping, líder do el único aliado de peso da Coreia do Norte, considera, assim como seu homólogo americano Barack Obama, que Pyongyang deve iniciar uma desnuclearização, informou o conselheiro de segurança nacional do presidente americano, Tom Donilon, após uma reunião entre os dois governantes, há uma semana, na Califórnia.
"O Norte está sob pressão para transmitir alguns sinais de reconciliação para evitar ficar ainda mais isolado nesta dinâmica, principalmente pela China", considerou Kim Yong-Hyun, professor da Universidade Dongguk, em Seul.
O presidente chinês receberá na quinta-feira, 27 de junho, em Pequim a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye.
O teste nuclear que a Coreia do Norte realizou em fevereiro e as posteriores sanções da ONU desencadearam a recente crise, durante a qual Pyongyang ameaçou Seul e os Estados Unidos com ataques nucleares preventivos.
Uma reunião de alto nível entre as duas Coreias -- inicialmente prevista para 12 e 13 de junho com o objetivo de discutir um alívio nas tensões -- foi cancelada na terça devido a desacordos relacionados ao protocolo.
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