Lucas Sgariori estuda Engenharia Mecânica e mora em Cascavel, no PR.
Estudante demorou sete meses para finalizar o projeto.
Impresso 3D permite criar versões de objetos tridimensionais de plástico (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
Um estudante do 7º período de Engenharia Mecânica da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) de Cascavel, no oeste do Paraná,
produziu uma impressora 3D, que levou sete meses para ficar pronta. O
modelo é baseado no americano e permite criar versões de objetos
tridimensionais de plástico.A ideia, de acordo com Lucas Sgarioni, que também trabalha nos laboratórios de engenharia da faculdade há quatro anos, surgiu após uma conversa com um amigo, que já é formado em Engenharia de Controle e Automação. “Ele trabalhava em empresa que fazia peças para tratores. Ele tinha que fazer um protótipo para produzir um GPS que ele desenvolveu para trator. Daí, começou a procurar empresas no Brasil de impressoras 3D, mas os valores eram muitos altos. Por isso, pensamos em fazer uma dessas [impressora]”, lembrou.
Máquina usa fios de plástico para confeccionar os objetos (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
Apesar de ideia ter surgido pelos dois amigos, Lucas tocou o projeto
sozinho. O estudante contou que foram quatro meses de estudo para
começar a projetar a impressora. "Esse projeto aqui não fui eu que
desenvolvi. Ele é um projeto americano. O cara que inventou deixou
aberto para que qualquer um pudesse fazer e modificar o que quisesse. No
meu caso, eu barateei o projeto", comentou.Como Lucas é universitário e trabalha o dia todo, não tinha tempo produzir a impressora. Por isso, a empresa disponibilizou uma hora do horário de trabalho só para ele trabalhar no projeto. Além disso, passou noites sem dormir. “Perdi noites porque bateu a ansiedade e eu queria ver pronto. Ainda bem que tive a ajuda do pessoal do trabalho porque me disponibilizou uma hora”, afirmou.
Sgarioni explica que, para os objetos ficarem pronto, a impressora 3D usa fios de plástico que são carregados em tubo quente que esquenta o material até deixar bem fino. Os artefatos 3D são desenhados camada por camada por um fio. “Ela vai depositando o plástico, que aquece e sai um plástico fininho. Daí, ele deposita e faz o primeiro desenho certinho. Ela sobe e faz de novo em cima. É como se estivesse imprimindo folha em cima de folha e modificando”, explicou.
“As primeiras impressões saíram bem tortas, mas só de ver saindo, fiquei bem feliz. Depois foi só ajustar e, hoje, a impressora está bem boa”, assegurou. Para imprimir os objetos, é preciso usar programas que criam desenhos em 3D, como o AutoCAD.
Lucas também conta com a ajuda de um grupo de estudos chamado RepRap BR, um projeto comunitário, onde qualquer pessoa pode acompanhar, por meio do site, e compartilhar informações sobre a impressora 3D. Além disso, o grupo pode se ajudar a desenvolver a máquina. “Você entra no grupo e é ajudado. Depois que já aprendeu você ajuda outras pessoas. Qualquer dúvida, qualquer produtor novo, o pessoal já joga lá”, contou.
Além da impressora baseada no modelo americano, o estudante começou a desenvolver uma impressora 3D de autoria dele. “O projeto dela já está quase pronta. Estou desenhando no Software, mas é demorado, até porque vai dinheiro”, comentou. Se ficar pronta até a metade do ano de 2014, o acadêmico quer usar o projeto no Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). "Se o meu não ficar pronto, vou usar esse que já está pronto. Só preciso escrever a parte teórica", pontuou.
Estudante começou a desenvolveu uma impressora 3D de autoria dele (Foto: Cassiane Seghatti/G1)
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