MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SE FOSSE FILHO DE POBRE JÁ ESTARIA NA CADEIA

Advogado adia depoimento de jovem que atropelou criança com jet ski

Ele diz que busca evitar assédio da imprensa sobre o garoto.
Pais de menina atropelada chegaram a Bertioga para depor nesta quinta.

Letícia Macedo Do G1 SP
O advogado Maurimar Bosco Chiasso, que defende o adolescente suspeito de atropelar e matar com um jet ski a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, afirmou que seu cliente não prestará depoimento nesta quinta-feira (24) na delegacia de Bertioga, no litoral paulista, como previsto. Ele atribuiu a decisão de adiar o depoimento ao assédio da imprensa. "Não há condição de esse jovem ser ouvido em face de tamanho assédio", afirmou.
O advogado disse que o adolescente e os pais dele serão ouvido posteriormente. "Ninguém está se subtraindo a responsabilidade alguma", afirmou Chiasso. Os pais da garota chegaram para prestar depoimento às 14h. Por volta das 15h, ainda não haviam deixado a delegacia.
O acidente aconteceu no sábado de carnaval, na Praia de Guaratuba, em Bertioga. Segundo testemunhas, o adolescente pilotava o jet ski em alta velocidade quando atingiu Grazielly. Ela brincava na areia perto da mãe e foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar, mas já chegou sem vida ao Hospital Municipal de Bertioga. O advogado José Beraldo, que defende os interesses da família da vítima, diz que vai pedir indenização e a internação do adolescente na Fundação Casa. O advogado da família do suspeito, por sua vez, afirma que o garoto não pilotava o jet ski. Alega que ele só deu a partida sem saber como funcionava o equipamento.
Segundo o delegado Marcelo Rodrigues, foi instaurado inquérito para apurar homicídio culposo (sem intenção de matar). Caso fique comprovado que algum adulto autorizou o adolescente a guiar o jet ski, ele poderá responder ao crime por ter assumido o risco de matar ao permitir que um menor de idade pilotasse a embarcação. Como é menor de 18 anos de idade, o garoto poderá responder a um ato infracional pela morte de Grazielly, segundo determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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