Quebra na safra de soja causa reflexo no comércio no Paraná

Venda de máquinas e implementos foi atingida pela retração do mercado.
Produtora de plantadeiras registrou queda de 30% na comercialização.

Do Globo Rural

Ainda tem muita soja para colher no campo, mas a quantidade está longe da esperada pelos produtores. Quanto menos grãos para vender, menos dinheiro circulando no mercado.
Na cidade, o setor de máquinas agrícolas é o que mais sente os efeitos da quebra na safra. Na única indústria que produz plantadeiras no Paraná, as vendas caíram 30% nos últimos dois meses, comparando com o mesmo período do ano passado.
A queda nas vendas provocou redução na produção na fábrica, mas a indústria já aposta no próximo plantio. Embora tendo o mercado de todo país, a maior expectativa é com a safra do Paraná.
A esperança para esvaziar o pátio cheio de plantadeiras é o milho safrinha, principal cultura de inverno do estado. “Nós dependemos diretamente da agricultura”, diz Benjamin Dallarosa, diretor técnico da empresa.
Os bons ventos já começaram a soprar. O produtor José Mossambani Neto, de Apucarana, comprou uma plantadeira nova para semear o milho safrinha.
Apesar da retração das vendas no Paraná, o último levantamento divulgado pela Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores apontou aumento na produção de máquinas agrícolas.