MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

No top cinco da cana, MS é único que aumentou produção, diz entidade


Biosul diz que outros estados do centro-sul registraram queda de produção.
Com 33,85 milhões de toneladas, produção de MS é considerada recorde.

Anderson Viegas Do G1 MS
Produção de cana-de-açúcar deve ter um grande salto em MS na safra 2011/2012,diz Biosul (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)Produção de cana cresceu 1% em MS na última
safra, diz Biosul (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)
Mato Grosso do Sul foi o único estado entre os principais produtores do centro-sul do país que teve crescimento na última safra da cana-de-açúcar (2011/2012). A informação foi revelada nesta sexta-feira (3), pelo presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul), Roberto Hollanda, durante apresentação dos dados de encerramento do ciclo produtivo.
Segundo Hollanda, o estado teve um aumento discreto de produção, de apenas 1%, passando de 33,51 milhões de toneladas de cana moída para 33,85 milhões de toneladas, mas foi o suficiente para que a safra, que foi encerrada oficialmente no dia 31 de janeiro, se transformasse em recorde de produção na história da cultura em Mato Grosso do Sul.
Ele diz ainda que com essa produção, Mato Grosso do Sul mantém a posição de quinto maior produtor de cana do país, ficando atrás dos estados de São Paulo, que colheu 303,42 milhões de toneladas; de Minas Gerias, com 49,23 milhões de toneladas; de Goiás, com 45,22 milhões de toneladas e do Paraná, com 40,52 milhões de toneladas.
“Os outros quatro primeiros do ranking nacional de produção de cana tiveram queda na produção nesta safra em relação a anterior. São Paulo, por exemplo, registrou uma queda de 16%; Minas Gerais, de 10%; Paraná, de 6% e Goiás, de 3%”, comenta Hollanda.
Presidente da Biosul, Roberto Hollanda, apresenta dados sobre a safra da cana em MS (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)Presidente da Biosul, Roberto Hollanda, apresentou
dados sobre a safra (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)
O presidente da Biosul explica, entretanto, que a previsão inicial para o ciclo anterior era de uma safra bem maior no estado, chegando aos 40,8 milhões de toneladas. “Nos últimos três anos o setor vem enfrentando muitos problemas com o clima. No último ano foi o excesso de chuva que comprometeu a produtividade. As lavouras foram muito atingidas pelo excesso de chuva em abril, junho e julho e no fim de julho ainda sofreram o impacto das geadas”, detalha.
Mais açúcar
Mesmo com o pequeno incremento de produção de cana, Hollanda, diz que houve um aumento significativo, 20%, na fabricação de açúcar no estado, que chegou 1,58 milhão de toneladas. Desse total 65,7%, o equivalente a 1 milhão de toneladas, é do tipo VHP, açúcar bruto destinado a exportação para posterior refinamento.
O presidente da Biosul diz ainda que na última safra também houve a consolidação da bioeletricidade como um importante produto do setor no estado. A produção das oito usinas que cogeram energia chegou aos 1.100 GWh, o que, conforme ele, é quase o dobro do consumo industrial do estado em 2010, que chegou a 640 GWh, e equivalente a 80% do consumo residencial de Mato Grosso do Sul no mesmo ano, que atingiu os 1.240 GWh.
Em contrapartida, houve uma redução de 11,5%, da produção de etanol, que caiu de 1,84 bilhão de litros no ciclo 2010/2011 para 1,63 bilhão de litros na safra 2011/2012. O mix de produção, ou seja, a quantidade de cana que é destinada para a produção de etanol ou açúcar, ficou na safra passada em 63% para o combustível e 37% para o alimento.
O presidente da Biosul negou que a queda da produção de etanol tenha relação com o aumento da fabricação de açúcar pelas usinas. “Não tem porque demonizar o açúcar nesse caso. Primeiro, porque se a produção aumentasse muito, o mercado ficaria com grande quantidade do produto e os preços cairiam. Quebraríamos o mercado. Segundo, porque não tem como a usina decidir que vai produzir mais açúcar e apenas apertar um botão. São processos industriais diferentes e um não tem como absorver toda a cana que seria destinado ao outro”, concluiu.

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