MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ministério da Agricultura passa a autorizar fazendas a exportar carne


Goiás tem 452 propriedades habilitadas a exportar a carne para Europa.
Em janeiro, os frigoríficos venderam para o exterior 86 mil toneladas.

Do Globo Rural

O criador de gado brasileiro recebeu um novo alento. A partir de janeiro, a autorização para que as fazendas possam exportar carne para a Europa só depende do Ministério da Agricultura. Antes, era preciso o aval dos europeus.
Todo rebanho da fazenda em Hidrolândia, a 40 quilômetros de Goiânia, em Goiás, com 1,4 mil animais, é rastreado. Quando passa pelo tronco, o boi é pesado. Pela leitura do código de barras do brinco é possível saber a procedência e o histórico do animal. Os dados vão para o computador.
O pecuarista Cézar Leite, que tem o rebanho rastreado desde 2007, recebe atualmente dos frigoríficos um prêmio de R$ 2 por arroba. “Isso vale pelos níveis de funcionários, pela informatização da fazenda, as instalações que têm que ser apropriadas, as vistorias às quais nós somos submetidos, empata”, diz.
Em outra fazenda, também no município de Hidrolândia, há quase dois mil animais. No dia de auditoria o pessoal da certificadora e da Agrodefesa verifica os bois para saber se o trabalho segue as regras do Sisbov, sistema de rastreabilidade.
A coordenadora da Agrodefesa explica que, com o Ministério da Agricultura fazendo o gerenciamento da lista de fazendas habilitadas a vender carne para a União Europeia, exportar vai ficar mais fácil.
“Nós tínhamos um grande problema que, depois que nós auditávamos no campo, até o produtor ser inserido nessa lista, tinha um trâmite burocrático muito grande, então, agora vai diminuir uns 40 dias esse processo”, explica a coordenadora da Sisbov, Silvânia Andrade Reis.
GoiásGoiás tem 452 propriedades habilitadas a exportar carne para a Europa, quantidade que deve crescer. O administrador de certificadora Rômulo Rogério diz que o movimento cresceu 30% desde que a lista de fazendas passou para as mãos do Ministério da Agricultura. “A gente teve a adesão em torno de seis a sete produtores por mês no estado de Goiás, que estão se preparando para matar o gado a partir de março em diante”, diz.
As exportações brasileiras de carne diminuíram em volume durante o ano passado. No início de 2012 voltaram a aumentar. Em janeiro, os frigoríficos venderam para o exterior 86 mil toneladas, com aumento de 23% em relação a igual período do ano anterior. O presidente do sindicato dos frigoríficos de Goiás diz que o momento é bom para o setor.
“Os Estados Unidos reduziram a oferta de carne no mercado mundial; a Austrália com problemas de seca, também reduziu; a Argentina, com a política que a carne tem que ser para os argentinos comerem e o excedente para exportação também reduziu. Então, o Brasil está soberano. Inclusive, isso fez com que nós conseguíssemos exportar carne para mais de 150 países”, esclarece o presidente do Sindicarne, Magno Pato.
Em todo o país, 1,95 mil fazendas estão habilitadas a exportar para a União Europeia.

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