Falta de ponte prejudica estudantes e produtores rurais de Abadiânia, GO

Deslocamento dos alunos da zona rural passou de 15 minutos para 1 hora.
Mais de 100 agricultores da região têm problema para escoar produção.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Uma ponte que caiu há cerca de quatro meses e ainda não foi reconstruída está provocando transtornos à população da zona rural e dando prejuízos aos produtores rurais. Os estudantes estão entre os que mais sofrem, pois, nem sempre, conseguem chegar à escola.
O trajeto entre Abadiânia, onde as crianças estudam, até Barrerinha, onde moram, é de dois quilômetros e era feito em 15 minutos. Agora, com o desvio, leva uma hora. O estudante Danilo Arantes, de 13 anos, conta que o transporte escolar enfrenta dificuldades para chegar até a zona rural. “A gente acorda às 5h da manhã e o transporte escolar não passa com frequência, pois o acesso ficou difícil e distante”, lamenta.

Para conseguir atravessar o córrego, os moradores improvisaram uma ponte estreita feita com pedaços de madeira para os pedestres. As tábuas foram colocadas em cima da tubulação de esgoto sem nenhuma proteção.
Para escoar a produção, é necessário fazer um desvio de 20 quilômetros. Para pegar o desvio de carro, as pessoas precisam passar primeiro pela GO-474 que dá acesso ao Lago Corumbá e depois entrar em uma estrada rural.
Reformas
Segundo os produtores rurais da região, em menos de um ano duas reformas foram feitas no local, mas o problema não foi resolvido. Para o produtor rural João Celso Arantes, ir à cidade está complicado. “Já não tem estrada [em boas condições] e agora não tem ponte também”, critica.
Na opinião do também produtor rural Astrogildo Mendes Arantes, o trabalho deixou a desejar. “Foi mal feito, com material ruim, não tem engenheiro e é feito com qualquer pessoa”, enumera.
O secretário de Administração de Abadiânia, Ademar Jacinto, disse que a prefeitura vai construir uma ponte pré-moldada e que o projeto está em fase de orçamento. Em um segundo momento, afirma, passará por licitação. A estimativa é de que as obras sejam iniciadas em 90 dias. De acordo com o secretário, o trabalho não foi feito antes devido ao tempo chuvoso.