Papelão é a matéria base das peças que são vendidas para 10 estados.
Obras já foram mostradas no programa Mais Você, da Rede Globo.
Igreja Santa Rita é um dos pontos retratados em
miniatura (Foto: Graziela Oliveira/G1)
A igreja de Santa Rita, o Cine Theatro São Luiz e o Parque Fernando Costa são símbolos que destacam a arquitetura e a história de Uberaba. Mas os artistas José Eduardo e Sandra Monteiro transformam estes e outros pontos da cidade em miniaturas usando papelão e muita criatividade. O trabalho já dura dez anos.miniatura (Foto: Graziela Oliveira/G1)
Além de réplicas que retratam espaços de Uberaba, eles também produzem objetos de decoração que recriam um comércio ou ambiente. Essas peças, que José Eduardo chama de mincomércios ou miniprofissões, exigem um trabalho minucioso. “O espaço é muito reservado. Se você pedir para eu fazer um estúdio tenho que bolar o que daria para representar um estúdio naquele espaço minúsculo. Então nós vamos desenvolver os moldes da câmara fotográfica, daquele guarda-chuva que reflete e fazemos o máximo para que a pessoa olhe e fale: é um estúdio”, contou José Eduardo.
O casal divide toda a produção. Enquanto José faz os prédios, amacia e pinta, Sandra fica com a parte interna. “Quando é sebo eu faço os livros; quando é quitanda, as frutas; quando é cozinha faço o fogão, os armários, as panelas, ou seja, tudo que vai dentro”, contou Sandra. Depois é só preencher a peça e fazer o acabamento.
As miniaturas dos artistas foram parar até no programa Mais Você, da TV Globo. “Há tempos eu queria mandar uma peça para a Ana Maria ver o nosso trabalho. Um dia deu uma folga, nós mandamos e ela mostrou no programa. Passado um tempo a produção entrou em contrato para ver se a gente não produziria uma peça para o quadro ‘Dando um retoque’. Então nós fizemos dois modelos”, disse José.
José Eduardo fazendo acabamento em uma das
peças (Foto: Graziela Oliveira/G1)
Hoje, José Eduardo e Sandra vivem exclusivamente do artesanato e as peças que eles fabricam em Uberaba são enviadas para 10 estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e lugares mais distantes, como Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. “Nós optamos pela área de atacado e sempre temos pedidos. Atualmente, estamos produzindo para uma mesma cliente que tem loja em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nós estamos confeccionando sebos, quitandas e cozinhas”, contou José.peças (Foto: Graziela Oliveira/G1)
O papelão é a matéria base de toda a confecção dos artistas, mas não é a única. Tudo pode ser aproveitado: tampinha, isopor, tronco de madeira e até pisca-pisca. “A gente pega aquelas cápsulas de remédio e faz um picotado que pode representar um doce, por exemplo. É lógico que a gente não vai mudar o mundo, mas e a quantidade de remédio que ia para o lixo?”.
E além de sustento, a arte das miniaturas representa a realização na vida de José Eduardo. “É gostoso você ver o resultado depois do processo, do passo a passo. Uma igrejinha, por exemplo, tem gente que diz que é só uma caixa, só que tem uma estrutura por dentro para segurar, para deixar firme, então tem todos os detalhes. É muito gostoso esse processo criativo”, finalizou.
Parque Fernando Costa em versão miniatura (Foto: Graziela Oliveira/G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário