MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ferrugem veio com severidade só vista em 2004 em MT, diz Aprosoja


Estado deve produzir mais de 20 milhões de toneladas de soja nesta safra.
Para Aprosoja, tecnologia empregada minimizará perdas nas lavouras.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

A ferrugem asiática castigou as lavouras de soja de Mato Grosso na safra 2011/12. Tanto que o nível de severidade da doença já é comparado ao de 2004/05. Ao contexto estão fatores como a velocidade com que se espalhou e a força que incidiu nas lavouras. É o que afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro. Para o dirigente, o problema generalizou-se em todo o estado, apesar de o total de focos ser atualmente 88, conforme o Consórcio Antiferrugem desenvolvido pela Embrapa em parceria com demais instituições.
Mas apesar de a doença ter se espalhado de forma uniforme pelas plantações mato-grossenses, o setor estima que as perdas não serão iguais a dos últimos anos. Tudo graças a tecnologia adotada pelo produtor rural para controlar a doença. "A ferrugem veio com severidade só vista em anos de 2004 e 2005 em Mato Grosso. Mas ela não vai dar o impacto econômico que ocorreu em 2003, 2004, 2005 porque temos tecnologia e os produtos de combate à ferrugem. Serve de alerta para os produtores não vacilarem na aplicação das tecnologias", declarou Carlos Fávaro, ao G1.
Maior produtor nacional da oleaginosa, Mato Grosso deve produzir nesta safra mais de 20 milhões de toneladas segundo projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A colheita da safra 2011/12 já ultrapassou metade dos quase sete milhões de hectares reservados à cultura. O início da colheita favoreceu a disseminação do fungo que provocam a ferrugem na soja. Consequentemente, para baixar a produtividade no campo.
"A medida que a colheita avança e vai pegando a soja de ciclo mais longo a média [produtiva] vem caindo", expressou Carlos Fávaro. No Brasil, Mato Grosso figura na segunda posição do ranking das unidades com mais registros da doença. São 88 frente os 108 de Goiás, onde os registros praticamente cresceram com velocidade acentuada.
Fávaro diz que medir a evolução da ferrugem - o que atualmente faz o consórcio - é importante para ter real ciência sobre a expansão da doença. Embora o maior produtor nacional de soja contabilize pouco mais de 80 casos, o número ser bem acima do computado, conforme define o presidente da Aprosoja, uma vez que nem todos os laboratórios credenciados pelo programa recebem amostras de plantas infectadas.
As regiões médio norte e norte, que juntas produzem quase metade da safra total do estado foram as maiores atingidas pela ferrugem asiática nesta safra. "O clima foi muito propício à doença nestas regiões", contextualizou Fávaro.
Brasil
De acordo com o consórcio antiferrugem, o número de ocorrências registrado nesta safra ainda continua sendo o mais baixo dentre todas as safras, mas com algumas semelhanças com a safra anterior para estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, no Centro-Oeste brasileiro.
Com 18 notificações da doença, o Paraná aparece como o terceiro estado com mais casos de ferrugem nesta safra. Em seguida, Mato Grosso do Sul, com 15.

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