MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tempestade atinge arquipélago na madrugada e assusta marinheiros


Ventos intensos e trovões fizeram ‘tremer’ estação científica.
Tempo instável é comum devido à localização geográfica, diz Inpe

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (o repórter viajou a convite da Marinha do Brasil)

Durante a madrugada de sexta-feira (2), uma tempestade tomou conta do Arquipélago de São Pedro e São Paulo e assustou os marinheiros que estão na Estação Científica, com raios fortes e trovões que faziam tremer o chão do conjunto de ilhas.
Horas antes, os clarões no meio do oceano já anunciavam que a chuva estava por vir. Ventos intensos movimentavam bruscamente o mar que, ao colidir com as rochas, emitiam sons que lembravam explosões de bombas. Os barcos pesqueiros que auxiliam a Marinha durante a expedição balançavam tanto que pareciam virar a qualquer momento.
A mudança repentina do tempo na região próxima ao arquipélago é comum, segundo meteorologistas do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), de Cachoeira Paulista, devido à alta umidade do ar e contínuo processo de evaporação da água. As ilhotas estão numa zona de transição climática intensa.
Após tempestade, mar ficou bravo e águas colidiam incessantemente com as rochas do arquipélago (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)Após tempestade, mar ficou bravo e águas colidiam incessantemente com as rochas do arquipélago (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)
Apesar de conhecerem a instabilidade do tempo, os militares ficaram espantados com a chuva. Alguns que dormiam na varanda da casa, devido ao calor constante, tiveram que se recolher para os quartos rapidamente.
Segundo a medição pluviométrica feita pelos equipamentos meteorológicos instalados na ilha Belmonte, a maior do arquipélago, choveu na madrugada de sexta-feira cerca de 24 milímetros. “Um índice considerado comum para a região”, disse Domingos Urbano, do Cptec/Inpe de Cachoeira Paulista (SP).
Em alerta
Há quase um mês na ilha, o suboficial Diran Guimarães Rocha, 45, disse que a precipitação foi bem “pesada”. “Nesses casos, temos atenção redobrada para evitar qualquer transtorno”, disse.
Em janeiro passado, pesquisadores que estavam na Estação Científica entraram em pânico devido à informação de que chegaria à área um tsunami (ondas resultantes de um terremoto no fundo do oceano), resultante de terremoto que havia atingido as Ilhas Canárias, na Espanha.
“Mas foi puro boato. O que acontece com constância aqui são fortes tempestades, mas tsunami nunca ocorreu”, afirma o capitão-de-corveta Marco Antonio Carvalho, gerente do Proarquipelago e que já esteve na região por mais de 25 vezes.
Entretanto, caso algum problema grave afete a ilha, um abrigo para sobrevivência daqueles que estiverem na estação foi montado no topo da ilha Belmonte, embaixo do farol. Placas de madeira protegem um estoque de alimentos, água e materiais de primeiros-socorros e rádiocomunicação para ao menos cinco dias – prazo estipulado para a chegada dos navios da Marinha até a região. Até o momento, o abrigo nunca foi utilizado, afirma Carvalho.Localização do arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: arte/G1)

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