Pesquisadores de Divinópolis realizam testes com Teoneladina C.
Previsão é de que seja testada em animais no segundo semestre deste ano.
Descoberta e produção foram concluídas após três
anos de estudo (Foto: Reprodução/TV Integração)
Pesquisadores conseguiram identificar e reproduzir no laboratório do campus Dona Lindu, da Universidade Federal de São João del Rey, em Divinópolis, no Centro-Oeste, uma substância que pode ajudar a combater o crescimento de células cancerígenas. A pesquisa, feita em parceria com a Fundação Ezequiel Dias e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), identificou a Teoneladina C, produzida pelas esponjas marinhas.anos de estudo (Foto: Reprodução/TV Integração)
A descoberta e produção da substância foram concluídas após três anos de estudo. “A diversidade marinha é grande e tornou-se um foco interessante de estudos”, afirmou o pesquisador e professor do laboratório de síntese orgânica do campus, Gustavo Viana.
Segundo os pesquisadores, testes preliminares com a Teoneladina C mostraram que a substância é eficaz no combate a tumores e ao crescimento desordenado das células cancerígenas que atacam órgãos e tecidos do corpo humano. “Para nossa surpresa, elas se mostraram promissoras e inibiram até 80% do crescimento celular de algumas células”, ressaltou o pesquisador e professor do laboratório de bioquímica de parasitos, Fernando Varotti.
Por enquanto o estudo é feito em células desenvolvidas em laboratórios. A previsão é de que a célula seja testada em animais no segundo semestre deste ano. Já em seres humanos deve demorar pelo menos cinco anos. “Estamos realizando estudos aprofundados para saber como a morte dessa célula tem acontecido”, afirmou Viana.
No entanto, a substância pode ser eficaz também no combate a outras doenças. “Já avaliamos a ação desses compostos sobre parasitas da Malária e também se mostraram eficientes. Em paralelo começamos os testes contra a Leishmania e esperamos ter, em breve, resultados promissores”, ressaltou Varotti.
Viana destacou que a descoberta pode aumentar, em longo prazo, a oferta de terapêuticos para o tratamento de algumas dessas doenças com preço acessível. "Esperamos desenvolver protótipos de novos medicamentos que sejam comercializadas com um custo mais baixo do que os já existentes para o tratamento, principalmente, do câncer", afirmou.
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