MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 30 de março de 2012

USDA estima área menor para algodão e soja nos Estados Unidos


Relatório divulgado nesta sexta-feira (30) indica baixas em cultivo.
Estimativa é que milho tenha área aumentada na safra.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Produtores norte-americanos devem reduzir em 11% e 1,3% respectivamente as áreas de cultivo para algodão e soja na safra 2012/13. É o que apontou o primeiro relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em Inglês), divulgado nesta sexta-feira (30). No entanto, para o milho o crescimento deve alcançar 4,3%, indicou o Departamento.

De acordo com o USDA, a safra de algodão no país deve atingir 5,3 milhões de hectares na safra 2012/13, ou 11% menos em relação à última. Elisa Gomes, analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destaca que a baixa já era esperada. Em parte, para o recuo pode ter contribuído o interesse do agricultor para outras culturas.

"Esperávamos que fosse reduzir. Havia especulações que se reduziria até 5 milhões de hectares e baixou mais do que se esperava. Os produtores estão vendo que é mais atrativo plantar outras culturas", frisou a especialista em entrevista ao G1.

Os Estados Unidos atualmente figuram no ranking dos maiores produtores mundiais da pluma. Para a analista de mercado do Imea, a área menor pode influenciar na disponibilidade do produto no mercado internacional.
"A oferta da pluma pode diminuir. Isso provoca a um médio prazo equilíbrio entre oferta e demanda que sustenta o preço", ponderou Elisa Gomes, do Imea.

Para a soja, a área estimada nos Estados Unidos é de 29,91 milhões de hectares (73,9 milhões de acres). A dimensão ficou abaixo da esperada - 30,5 milhões de hectares ou 75,5 milhões de acres. A área a ser semeada com a oleaginosa no país deve ser 1,3% menor em relação a 2011/12 quando no país foram utilizados 30,3 milhões de hectares.

Em padrões mato-grossenses, os Estados Unidos devem perder uma área maior que o município de Nova Mutum, a 269 quilômetros de Cuiabá, onde anualmente plantam-se 350 mil hectares. De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura, os agricultores norte-americanos devem retrair em pelo menos 400 mil hectares a área da oleaginosa.

Para Cleber Noronha, analista do Imea, a redução indica uma 'preferência' do produtor rural por outras culturas, a exemplo do milho. "Nos Estados Unidos deu-se preferência para outras culturas, como o milho. Já esperávamos uma área de soja não tão grande. Agora, dependemos da estimativa de produtividade deles para saber como se comportará o mercado de preços", frisou o analisata.

Milho em alta

Ao avaliar o comportamento da área de milho, o USDA apontou uma alta para próxima safra. Os produtores pretendem plantar 38,8 milhões de hectares ou 95,90 milhões de acres de milho. Na última safra, foram 37,2 milhões de hectares. Os ganhos entre um ano e outro somam mais de 1 milhão de hectares, ou 4,3% a mais.

Cleber Noronha frisa que o retorno de usinas de etanol no país contribuíram para estimular a produção do grão. "Até então, estava indeciso: se a produção de milho ia todo para preencher o mercado mundial ou para o consumo interno. Como as empresas disseram que vão voltar, deve crescer o consumo interno", ponderou.

Quanto aos impactos que a maior área deve deve ocasionar, Noronha diz ser preciso aguardar números de produção do país.
Trigo
Para o trigo, a área de trigo ficou abaixo do esperado, com 22,6 milhões de hectares (55,9 milhões de acres plantados).

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