MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de março de 2012

Colheita da malva começa antes do previsto em 2012 por causa da chuva


Planta fornece fibra usada na confecção de sacaria e de tapetes.
Amazonas é responsável 89% da produção brasileira de malva.

Do Globo Rural

No Amazonas, a água do Rio Solimões está chegando perto das plantações de malva rápido demais. Por isso, os produtores têm enfrentado uma verdadeira corrida contra o tempo.
É preciso ser ainda mais ágil do que o costume. A família da produtora Socorro Furtado, por exemplo, tem ajudado para que ela não perca seis meses de trabalho, semeando e cuidando dos pés de malva.
Para não perder toda a safra, a família está colhendo um mês antes do que o previsto, mas os pés de malva ainda estão pequenos e não estão maduros. Mesmo o que é aproveitado está fino e verde demais.
Depois de amarradas em feixes, as hastes ficam em uma área encharcada por pelo menos quatro dias. Depois, começa outra etapa a produção: os feixes ficam “afogados”, ou seja, submersos para facilitar a retirada da fibra. Esse trabalho começa às 6hs e só termina às 18hs – todo o tempo dentro da água.
Em outro ponto do médio Rio Solimões, no município de Manacapuru, o produtor de fibras naturais, Josué Rema, conta que a plantação deveria ser colhida no fim de março, mas no terreno dele já está tudo perdido.
Em todo o estado do Amazonas, o prejuízo nesta safra pode chegar a 35%. "A safra deste ano estava estimada em 14 mil toneladas, mas vamos colher nove mil toneladas, Isso significa que de quatro a cinco mil toneladas serão perdidas esse ano”, conta Zacarias Gondim, técnico do Idam (Instituto de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Amazonas).
A maior cooperativa da região, que reúne 262 produtores, já está recebendo a produção do interior, mas ainda não tem para quem vender, por causa da concorrência da fibra importada da Índia.
Isso acontece mesmo com o preço de R$ 1,70 o quilo, muito abaixo do esperado. “Ano passado, nós fechamos a R$ 2,20 o quilo, então temos uma queda bem significante para os produtores. A fibra é a poupança do produtor e esse ano está muito difícil para nós”, relata a presidente da Cooapem (Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru), Eliana Medeiro.

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