MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 4 de março de 2012

PF vai ouvir servidor da Funai que ficou 4 dias refém de índios em MT


Índios fizeram servidor como refém para reivindicar melhorias para região.
Após o episódio, o servidor da Funai já pediu transferência para Brasília.

Ericksen Vital Do G1 MT

Servidor da Funai refém dos índios (Foto: TV Norte Araguaia)Servidor disse que ficou quatro dia sem comer
(Foto: TV Norte Araguaia)
A Polícia Federal deve ouvir ainda nesta semana o servidor Manoel Aparecido de Mello Nunes, de 42 anos, da Fundação Nacional do Índio (Funai), que teria sido agredido por índios da etnia Caiapó, na aldeia Kapot-nhinore, região de Colíder, a 648 km de Cuiabá.
O servidor deve contar como foram os quatro dias de cárcere, no inquérito conduzido pelo delegado Rodrigo Bartolomei. Mello Nunes relatou ao G1 que foi mantido refém por índios que reivindicam ações do governo para melhorias na região.
Ele afirmou que sofreu tortura e que passou fome durante o cárcere na aldeia. Além disso, chegou a ficar despido e sofrendo picadas de insetos.“Fiquei todos esses dias sem comer, só bebia água da chuva. Durante o dia eles me deixavam amarrado pelas mãos ao lado do rádio, e à noite eu dormia em uma oca”, descreveu.
Mello Nunes foi feito refém no último dia 13 de fevereiro quando foi acionado para vistoriar um caminhão que, na visão dos índios, foi explodido por ação criminosa. Dos três funcionários da Funai de Colíder que chegaram à aldeia de avião, após mais de duas horas de voo, apenas Manoel Nunes ficou refém por ser o único não-índio. Após este episódio de violência, o servidor da Funai já pediu transferência para Brasília. O direção da Funai em Colíder disse que a resposta sai em 30 dias.
ReivindicaçõesOs indígenas disseram que o sequestro foi necessário para reivindicar a retirada de pousadas construídas ao longo do Rio Xingu, a demarcação oficial da aldeia e a abertura de uma investigação para saber se a caminhonete da aldeia foi explodida por retaliação de fazendeiros da região. Segundo os índios, a prática da pesca predatória e também esportiva tornou-se frequente nas terras indígenas.

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