MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 3 de março de 2012

Amazonense desenvolve projeto para ajudar portadores de HIV na África


Estudante foi trabalhar com reabilitação física, mental e social de HIV+.
Ele criou negócio de desenvolvimento sustentável em cidade no Quênia.

Marina Souza Do G1 AM
Estudante de Medicina conta com apoio de mulheres portadoras de HIV no projeto (Foto: Arquivo Pessoal)Estudante de Medicina conta com apoio de mulheres portadoras de HIV no projeto (Foto: Arquivo Pessoal)
Com 21 anos, o estudante de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Artur Ribas, decidiu ajudar doentes no Quênia, país africano onde 1,4 milhão de pessoas são portadoras de HIV e 80% da população vive com menos de US$ 2 por dia. No local, Artur se deparou com outro problema: a fome. Para lutar contra a realidade da comunidade onde mora, Mombasa, o estudante criou um projeto de desenvolvimento sustentável que gera renda, emprego e alimentação para os populares.
Grupo discute ações para projeto (Foto: Arquivo Pessoal)Grupo discute ações para projeto no Quênia
(Foto: Arquivo Pessoal)
O amazonense foi para o Quênia desenvolver um estágio de reabilitação física, mental e social de portadores de HIV, através da AIESEC, organização estudantil presente em 111 países com o objetivo de desenvolver as potencialidades humanas e causar impacto social. Com a ajuda de membros da organização, ele criou o 'Movimento Contra a Fome na África'. A ideia é simples: montar uma cooperativa para produção e venda de alimentos.
Segundo Artur, o projeto tem como objetivo não só fornecer comida à população, mas dar condições ao povo de trabalhar. O emprego, de acordo com o empreendedor, é importante ainda por aumentar a auto-estima dos enfermos. "Quando vemos a fome, ficamos tentados a procurar soluções assistencialistas para resolver o problema. Se as pessoas estão com fome, damos comida. Se não tem dinheiro para despesas médicas ou escolares, damos dinheiro. Podemos juntar o suficiente para comprar comida por um mês para todas essas pessoas, mas no outro mês elas estariam com fome novamente. Nossa ajuda tem que ser inteligente, tem que ser sustentável, por isso criamos a cooperativa", explicou.
Artur Ribas com crianças atendidas no projeto social no Quênia (Foto: Arquivo Pessoal)Artur Ribas com crianças atendidas no projeto social no Quênia (Foto: Arquivo Pessoal)
Para iniciar o projeto, Ribas contou com o apoio de doações e parcerias. Centenas de pessoas no Brasil enviaram dinheiro para a compra dos primeiros materiais. Com este recurso, foram compradas ainda toneladas de alimentação para suprir a necessidade inicial dos cooperados. "Compramos quase uma tonelada de alimentos. Também já foi comprada uma máquina e a estrutura do aviário já está pronta", disse.
O projeto conta com o trabalho de 50 mulheres dos bairros de Mtwapa e de Shuanzu, portadoras do vírus HIV que vivem em situação de miséria, fome e exclusão social. Além delas, 15 voluntários apoiam a iniciativa. Questionado sobre o que motiva o trabalho no Quênia, Artur descreveu: "força, determinação, união e uma esperança gigantesca de uma vida melhor para todos".

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