MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sem-terra protestam para pedir mais agilidade na reforma agrária


Agricultores invadiram a sede do Incra em Imperatriz, no Maranhão.
Processo está parado na Justiça Federal há três anos.

Do Globo Rural
Agricultores sem-terra estão acampados na sede do Incra em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, para pedir mais agilidade na desapropriação de terras para a reforma agrária.
Vinte e cinco famílias de trabalhadores rurais vivem no acampamento às margens da BR-010, no município de Ribamar Fiquene, em barracos de palha e lona. A água usada para as atividades domésticas é retirada de cisternas sem nenhum tipo de tratamento. As famílias aguardam a desapropriação de uma fazenda de mais de mil hectares e alegam que a única assistência é a distribuição de cestas básicas.
O processo está parado na Justiça Federal há três anos porque o proprietário contesta as vistorias feitas pelo Incra. "Viemos para cá com 30 dias e esses 30 dias já estão em três anos. Não tivemos mais assistência de ninguém aqui", reclama o trabalhador rural Gerson Alves.
Cento e vinte famílias em situação parecida resolveram acampar na sede do Incra na cidade de Imperatriz. Segundo os líderes da manifestação, em todo Maranhão mais de dois mil trabalhadores rurais aguardam a desapropriação de terras para a reforma agrária, a maioria na região sudoeste do estado. Há casos em que espera já dura quase dez anos. "Temos também acampamentos que têm mais de 12 anos, que não tem nenhuma solução", diz Gilvia Ferreira, coordenadora do MST.
Para o representante do Incra na região, a explicação para tanta demora na desapropriação de terras é o fato dos processos dependerem de decisão judicial. “O Incra tem um quadro de procuradores que estão tentado agilizar essa situação, fazendo o que é a parte do Incra. Só depende da Justiça quando está na mão da Justiça”, diz Clóvis carvalho, chefe regional do instituto.
Os representantes dos sem-terra devem se reunir na sexta-feira (03) com o superintendente do Incra no Maranhão, Inácio Rodrigues, para discutir a situação.

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