MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Prédios culturais públicos de Goiânia sofrem com a falta de conservação


Museus, bibliotecas e Centro Cultural Martim Cererê estão abandonados.
Secretaria de Cultura promete reformas a partir de 15 de março.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

A falta de preservação de prédios públicos mostra o descaso com a cultura em Goiânia. Além da antiga Estação Ferroviária, museus, bibliotecas e até um dos centros culturais mais famosos da cidade também sofrem com a falta de conservação.
Na Praça Universitária, a armação de ferro toda amassada na entrada dá a ideia da situação no Palácio Municipal da Cultura. O prédio modernista foi construído na década de 70 e hoje está esquecido. Na parte superior ficam exposições do Museu de Arte de Goiânia, que quase não recebem visita. Embaixo funciona a biblioteca Marieta Teles Machado. Nela, os estudantes precisam dividir espaço com goteiras.
"As goteiras atrapalham muito. A conservação fica ruim. Os livros mofam, fedem, o que atrapalha os estudos", diz o estudante Cléber Júnior.
Cererê
O Centro Cultural Martim Cererê, palco de vários eventos para o Público Jovem, está praticamente fechado. Este ano, o local não recebeu nenhum show. Já na entrada dá para entender o porquê. A guarita de segurança, que também funciona como bilheteria, está destelhada.
Os tetos dos teatros Yguá e Piguá, que já tiveram pinturas de Siron Franco, um dos mais importantes artistas plásticos de Goiás, hoje não têm nem mais vestígio da obra. Dentro deles a situação é ainda pior. Há pisos quebrados nas escadas, mofo por toda parte e o revestimento das paredes despencando. Apenas dois pontos de luz funcionam e as tomadas estão quebradas.
Juntos, os dois teatros do centro cultural têm capacidade para 600 pessoas, mas apenas um banheiro, do vestiário feminino, funciona. Os jardins viraram mato.
Prejuízo
Para o arquiteto e urbanista John Silveira, a falta de conservação dos prédios públicos está associada à inexistência de planejamento para a utilização dos espaços. "Em consequência desse processo de deterioração desses edifícios, você vê a falta de apropriação da população desses espaços. É um prejuízo financeiro, prejuízo de qualidade urbana, prejuízo de toda ordem", diz o especialista.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura informou que uma empresa fará o trabalho nos prédios mostrados na reportagem. Mas esse serviço só deve começar depois do dia 15 de março, data prevista para a liberação dos recursos.

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