Problemas com o solo e o manejo de pragas também dificultam a produção.
Por muito tempo a beterraba foi a principal cultura do município.
O cultivo de legumes é uma das principais atividades na cidade e movimenta a economia do município e por muito tempo a beterraba foi a principal cultura.
“Antigamente a gente plantava uma caixa de beterraba e dava para comprar dois sacos de adubo. Hoje, a gente tem que interar quase três caixas de beterraba para comprar um saco. E devido à mão de obra e o tempo que leva não está compensando mais insistir na beterraba”, explica o produtor Silvio César Alves.
Além das dificuldades encontradas pelos produtores no plantio da beterraba, a concorrência vinda do nordeste do país também prejudica a venda do legume. "Hoje o pessoal traz muito de fora, a Bahia mesmo é um dos grandes concorrentes aqui do nosso município, porque antigamente se produzia muito e a Bahia não. Hoje ela produz muito e o pessoal busca lá fora e busca aqui ai o lucro já não é tão grande”, explica o produtor rural Osildo Jesus Rodrigues.
A terra onde foi plantada a beterraba só pode ser usada uma vez no ano. O ciclo do plantio até a colheita é de 70 dias. Quando o legume chega nesse estágio, dos 20 dias é necessário fazer o desbaste na plantação.
Um dos problemas que interferem no desenvolvimento da beterraba é a chuva, que favorece o desenvolvimento de um fungo conhecido como olho de peixe. “A minha perda em termos de produção aqui vai ser em torno de 15% a 25%. Como você vê, há falhas já devido ao excesso de umidade”, conta o produtor Silvio.
O preço da caixa no período de chuva sobe cerca de 20%. Atualmente, o valor aproximado é de R$ 22. Apesar das inúmeras dificuldades, produtores como Silvio esperam continuar trabalhando no cultivo da beterraba.“Vamos continuar sendo poucos produtores plantando só mesmo para não perdermos a tradição de capital da beterraba”, diz.
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