Ele escreveu livros em cinco idiomas e ganhou 100 prêmios.
'Quero produzir até os 80 anos', disse José Humberto Henriques.
José Humberto Henriques já escreveu 215 livros
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Se escrever uma página já é um grande desafio para muita gente imagine então 215 livros. O escritor José Humberto Henriques, de Uberaba, já atingiu essa marca. Com apenas 50 anos de idade ele publicou cerca de 40 livros e guarda mais de 170 inéditos e já encadernados. “Para ser considerado um fenômeno literário eu acho que o volume da obra que eu construí poderia até ser, mas encarar a obra como algo de genialidade eu acho que isso é difícil”.(Foto: Reprodução/TV Integração)
São, no mínimo, quatro horas por dia em frente ao computador. O tempo dedicado às letras só não é maior porque é preciso dedicação também à outra paixão. José Humberto é cardiologista e especialista em medicina de tráfego e garantiu que a técnica não conversa com a arte. “Se você trabalha só com tecnologia você está aplicando o conhecimento que foi adquirido durante um tempo da sua vida pregressa”.
Para fazer tudo é preciso organizar horários e cada vez ele faz isso melhor. Hoje, produz dez vezes a mais do que há 17 anos, quando publicou o primeiro livro. Os estilos vão de poesia a ensaio, causos e fatos que ultrapassam as barreiras de Minas Gerais. O maior deles é "A tragédia humana", um romance dividido em sete volumes. "É uma história baseada no ritmo político do Brasil, desde Brasília até os arraiais onde os vereadores se creem donos de coroas. No Brasil, vereador acha que tem que carregar coroa, ser conhecido por todo mundo", contou.
Um livro, por exemplo, tem três personagens que vivem duas mil páginas ou cinco quilos de histórias. Mas não é o peso físico que mais chama atenção e sim a qualidade do material. Ele foi premiado pelo Ministério da Cultura em 1999. Como esse, o autor já recebeu outros 100 prêmios, alguns internacionais. "Ganhei prêmios na França, Espanha, Estados Unidos e no Brasil. Procuro imprimir a elas uma liberdade completa", disse.
O estilo do mineiro também se esconde em obras em outros cinco idiomas: alemão, inglês, espanhol, francês e italiano. E a sensação que o escritor passa é de que a produção está apenas começando. "Eu estou muito jovem ainda. Quero produzir até os 80 anos", finalizou.
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