MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um em cada 5 produtos industriais consumidos em 2011 foi importado


Segundo estudo da CNI, este nível representa novo recorde histórico.
Ao mesmo tempo, participação das exportações sobe pelo 2º ano seguido.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

Participação dos importados no consumo doméstico de produtos industriais somou 19,8% em 2011, novo recorde
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou nesta segunda-feira (19) que um em cada cinco produtos consumidos no Brasil em 2011 foi importado. A participação dos bens importados no consumo doméstico de produtos industriais somou 19,8% no ano passado, novo recorde histórico. O recorde anterior havia sido registrado em 2011 (19,7%). A série histórica da entidade tem início em 1996.
A CNI observa que o chamado "coeficiente de penetração das importações" avançou dois pontos percentuais nos últimos dois anos, visto que estava em 16,6% em 2009. O menor percentual já registrado foi em 1996 (15,1%). O cálculo foi feito em cima de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), informou a entidade.
"O próprio crescimento da economia brasileira, a crise mundial, que gera excedentes de produtos manufaturados, direcionados para mercados que ainda se mantém dinâmicos, os estímulos à importação, com redução do ICMS por alguns estados, o eterno crescimento do custo Brasil, a expansão dos salários e a queda do dólar motivaram esse quadro", avaliou o economista da CNI, Flavio Castelo Branco.
Desaceleração
Os dados da Confederação Nacional da Indústria foram divulgados em um momento de desaceleração do nível de atividade. No ano passado, o PIB cresceu 2,7%, contra 7,5% em 2010, sendo que a indústria de transformação registrou uma expansão do seu Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 0,1%.
Para estimular a atividade industrial, o governo federal já acelerou o ritmo do processo de corte dos juros, anunciou que pretende incluir mais setores no processo de desoneração da folha de pagamentos, e tem informado que busca uma taxa de câmbio mais competitiva (dólar mais alto, que barateia as vendas externas) para a indústria nacional.
Participação das exportações na produção
Ao mesmo tempo, os dados da CNI mostram que também houve um crescimento, pelo segundo ano consecutivo, do chamado "coeficiente de exportação" - que corresponde à participação das vendas externas na produção da indústria. No ano passado, o percentual da participação de exportações na produção somou 19,8%, contra 17,8% em 2010. O valor, porém, está longe do recorde histórico, registrado em 2004 (22,9%).
Insumos importados
Já o "coeficiente de insumos importados" da indústria brasileira, que mede a participação de insumos de outros países no total utilizado, somou 21,7% em 2011 - também novo recorde histórico. O recorde anterior havia sido registrado em 2008 (21,3%). Este índice subiu nos dois últimos anos, visto que estava em 17,5% em 2009 e 19,1% em 2010.
"Este coeficiente se deve à indústria de transformação, que teve um crescimento de 2,8 pontos percentuais frente a 2010. Já na indústria extrativa, o coeficiente manteve estabilidade em relação aos dois anos anteriores, em 8,8%", informou a Confederação Nacional da Indústria

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