MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de março de 2012

Risco de fechamento ofusca 50 anos de fábricas da Opel na Europa


Conselho da divisão da GM vai se reunir hoje para discutir novo plano.
Opel afirma que nenhuma operação será encerrada, mas GM pressiona.

Do G1, com informações da Reuters

U ma aniversário de 50 anos geralmente é motivo de celebração, mas para as fábricas de carros da General Motors em Bochum, oeste da Alemanha, e em Ellesmere Port, noroeste da Inglaterra, a conversa gira em torno do possível fechamento dessas unidades, e não de suas inaugurações em 1962.  O enfraquecimento econômico em grande parte da Europa prejudicou as vendas de carros, forçando o setor a sanar o excedente de capacidade. O presidente-executivo da GM, Dan Akerson, estima que as montadoras tenham excesso de 10 fábricas no continente.
Embora a Opel, divisão europeia da GM, tenha dito que nenhuma de suas fábricas será fechada antes do fim de 2014, é amplamente esperado que as fábricas de Boshum e Ellesmere Port (a última da montadora na Grã-Bretanha) tenham como destino o fechamento.
O conselho supervisor da Opel reúne-se nesta quarta-feira (28), e milhares de funcionários, e outras milhares de pessoas, que dependem das fábricas para negócios, temem que seus futuros sejam decididos no curso dessas discussões, que serão realizadas na sede da empresa em Ruesselsheim, perto de Frankfurt.
A queda na venda de automóveis e reduções de custos de sua matriz levaram a Opel a reduzir capacidade nas últimas duas décadas e confinar a produção em Bochum para menos da metade dos 170 hectares de seu terreno. "A Opel é o pulso para a economia local", disse Ernst Ulrich Doeren, sócio-gerente de um fornecedor de Bochum. "Milhares de empregos serão perdidos de uma só vez".
Os cortes seriam de pelo menos 20 mil pessoas, segundo Joerg Linden, porta-voz da câmara local de comércio, incluindo os 3.100 funcionários da própria fábrica, e o resto de fornecedores, transportadoras e varejistas.
Os funcionários da Opel, que contribuíram com 265 milhões de euros (US$ 353 milhões) por ano em concessões salariais para ajudar em esforços de reestruturação, esperam que o aniversário de 50 anos seja o último da fábrica de Bochum.
"Todos estes sacrifícios salariais valeram para nada", disse um trabalhador de 48 anos que não quis ser identificado.
Aliança com a PSA Peugeot Citroën
As medidas tomadas pela Opel podem refletir nos trabalhadores da Peugeot, que fechou um acordo de cooperação com a GM e inclui compartilhamento de plataformas para reduzir custos. Analistas estimam que a Peugeot tem uma necessidade ainda maior para fechar as fábricas do que a Opel, em parte porque a GM já reduziu seus custos fixos em 20% durante 2010 e 2011 com o encerramento da fábrica de Antuérpia e redução de gastos em outros lugares.
A montadora francesa afimrou no início de março que vai reformular sua capacidade europeia dentro de "18 meses a dois anos". Os sindiactos temem que fábricas de automóveis pequenos, em Madrid e Aulnay, ao norte de Paris, estão em maior risco. Até porque, a PSA planeja com a GM o desenvolvimento de conjunto de carros compactos. Para isso, fábricas como as do Brasil são mais vantajosas.
A PSA, no entanto, afirmou que seus planos para aliança não têm nenhum impacto sobre reduções de capacidade. Cada empresa decidirá o que fazer separadamente. A GM está adquirindo participação de 7% do grupo PSA como parte de uma venda de ações de 1 bilhão de euros.
Separadamente, o conselho da Opel deverá aprovar Alfred Rieck como novo chefe de vendas a partir de julho, substituindo Alain Visser, que aceitou um novo cargo no departamento de marketing da Chevrolet global. Até então Bill Parfitt, o ex-chefe da Vauxhall, deverá servir como chefe de vendas nesse ínterim.

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