Na zona rural de Petrolina, sertão de PE, parte do canal não tem água.
Por causa disso, muitos agricultores desistiram da plantação.
Mais de R$ 200 milhões foram gastos pelo Governo Federal com o início das obras. Diversas áreas foram aterradas para dar espaço às placas de concreto. Ao todo, quatro estações de bombeamento foram construídas para levar água à quatro distritos de Petrolina.
Com esse sistema, a terra poderia produzir o ano inteiro, mesmo durante os períodos de estiagem, mas atualmente a água só chega aos produtores por meio de mangueiras instaladas no canal pelos próprios agricultores.
O canal de irrigação do Projeto Pontal é um dos mais modernos do Brasil. As comportas serão acionadas através de computadores, mas toda a estrutura está parada. Sete quilômetros do canal estão sem água, todo o investimento deixou de ser repassado desde 2003.
Os trabalhos são supervisionados pela Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. O site da companhia informa que o projeto deveria ser administrado através de uma parceria entre a Codevasf e uma empresa privada, a ser escolhida através de licitação. A partir daí, a empresa vencedora terá que finalizar a construção da obra e mantê-la em funcionamento.
Com tudo parado, o Globo Rural tentou falar com a direção da Codevasf, mas a assessoria da companhia, em Brasília, informou que ninguém poderia dar entrevista. Um email foi enviado, onde a Codevasf afirma ser um equívoco dizer que as obras estão paralisadas porque está sendo preparado um edital de licitação do novo modelo a ser implantado no projeto.
Segue abaixo a íntegra do email
Brasília - 03/02/12
RESPOSTA AO GLOBO RURAL
Conforme questionamentos enviados à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) sobre o Projeto Pontal, seguem as respostas:
- Por que a obra parou?
É um equívoco afirmar que as obras do Pontal estão simplesmente paralisadas, atualmente, encontra-se em processo a preparação do edital e os ajustes no novo modelo que será implantado no projeto. Nesta fase, é preciso que a obra seja analisada sob a ótica de quanto já foi investido e quais serviços foram realizados para dimensionar os serviços a serem concluídos no projeto, o que requer uma parada para verificação. Neste novo modelo, teremos dois negócios diferentes: o da exploração agrícola e o da operação e manutenção da infraestrutura de irrigação, bem como a conclusão do restante da obra. Como se trata de riscos distintos serão duas licitações. A primeira será a da exploração agrícola, que é uma CDRU (Cessão de Direito Real de Uso). Nela saberemos quem será(ão) o(s) investidor(es) agrícola(s) e que fará(ão) a integração, bem como definir o que será plantado, como irá plantar etc. Posteriormente, licitaremos a operação e a manutenção da infraestrutura, incluindo a conclusão de obras caso seja necessário. Esta segunda licitação será uma PPP (Parceria Público-Privada), portanto, as obras ficarão a cargo da empresa que vencerá a licitação dentro desta proposta de PPP.
- Isso estava previsto no início do contrato?
Hoje, só existe contrato para segurança do projeto como um todo e manutenção de equipamentos já instalados, como já explicado.
- Tem alguma previsão de quando vai recomeçar? Como isso vai ser feito?
A expectativa é de que num prazo de 90 (noventa) dias seja lançada a licitação para exploração agrícola do Pontal no modelo de CDRU (Cessão de Direito Real de Uso), e a PPP de infraestrutura e conclusão das obras restantes está prevista para o quarto trimestre de 2012.
Mais informações no site: www.codevasf.gov.br
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