Encontro reuniu 25 criadores que somam 3,5 mil cabeças de ovinos.
Especialistas mostraram a vantagem em relação às outras criações.
“O motivo da reunião é unir os produtores, que estão bastante dispersos. Queremos formar uma associação para se trabalhar na cadeia de ovinos desde a porteira até a comercialização”, diz João Batista Santo Vivarelli, representante da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) do Estado de São Paulo.
O encontro reuniu 60 interessados. Especialista mostraram a vantagem do manejo em relação às criações de porcos e aves. “A ovinocultura é uma atividade que depende apenas de pastagem por se tratar de um ruminante. Enquanto a suinocultura e a avicultura dependem de ração”, observa Eduardo Antônio da Cunha, especialista em ovinocultura.
O trabalho também favorece a mão de obra familiar. “A média da propriedade rural no Estado de São Paulo é de 62 hectares, que são pequenas e podem ser diversificadas para aumentar a fonte de renda familiar”, destaca a zootecnista Melissa da Fonseca Oliveira. “A agricultura precisa ser tratada como um negócio qualquer e os investimentos precisam ser feitos”, afirma o produtor rural Luiz Otávio Rodrigues Filho.
Isaias Valin tem 250 ovelhas e quer expandir o negócio em 300% até 2013. O primeiro passo é conseguir abastecer o mercado em São João da Boa Vista. Depois, quer atender restaurantes em São Paulo. O lucro não virá só da carne, já que da ovelha se aproveita tudo. “Só vamos perder o berro”, brinca.
Ele aposta que o consumo deve crescer em dois anos. A Copa do Mundo no Brasil deve trazer consumidores exigentes. “Estamos apostando na alta gastronomia, porque teremos gente de todo o mundo no país. E o povo está ávido por carne de boa qualidade, principalmente o cordeiro”, analisa Valin.
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