MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 12 de março de 2012

Nível atual indica que Rio Negro pode ter forte cheia, segundo ANA e CPRM


Nível do rio, nesta segunda-feira (12), foi cotado em 26,88 metros.
Em 2009, ano da cheia história, na mesma data a cota foi de 26,62 m.

Carlos Eduardo Matos Do G1 AM
O nível do Rio Negro atingiu 26,88 metros, nesta segunda-feira (12). No mesmo dia de 2009, quando houve a cheia histórica no Amazonas, a cota registrada foi de 26,62 metros. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e colocam a região em alerta. A Agência Nacional de Águas (ANA), que também monitora a região, prevê grande cheia no Amazonas.

"O nível do Rio Negro está elevado desde o início do ano, mas cresce dentro da normalidade. No entanto, hoje nos surpreendemos com esta cota", afirmou o gerente de hidrologia do CPRM, o geólogo Daniel Oliveira. Apesar deste resultado, explicou ele, ainda é cedo para determinar se haverá uma cheia histórica capaz de afetar a população de Manaus.

Em 2009, quando o Rio Negro atingiu cota máxima de 29,77 metros, dezenas de casas construídas às margens do Rio Negro e de igarapés foram inundadas, deixando famílias desabrigadas por alguns meses.
Nível do Rio Negro registrou cheia histórica em 2009 (Foto: Marina Souza/G1)Nível do Rio Negro registrou cheia histórica em
2009 (Foto: Marina Souza/G1)
Os geólogos da CPRM só terão certeza dos efeitos da subida do Rio Negro no dia 2 de abril, quando o órgão irá emitir o primeiro alerta oficial de cheia, que alcança seu nível máximo entre os meses de maio e julho. "O comportamento do Rio Negro ainda está sendo analisado, por isso, não há como adiantar resultados. O que é feito é apenas prognóstico", disse.

De acordo com gerente de hidrologia, o Rio Solimões, que recebe as águas vindas das calhas do Juruá e Purus, onde há excesso de chuvas, está represando as águas do Rio Negro. "O fenômeno La Niña está afetando bastante o clima na região amazônica e também o nível dos rios", explicou Daniel.
A Agência Nacional de Águas (ANA), que tem mais de 200 pontos de medição espalhados pelos rios, faz o trabalho de monitoramento alertou para uma grande cheia em Manaus. "Neste ano, a gente espera uma grande cheia. Janeiro e fevereiro foram meses que tiveram chuvas acima do normal e março começou chovendo. Se isso continuar assim teremos uma cheia de grande porte", disse o gerente de eventos críticos da ANA, Marcelo Medeiros.

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