MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 3 de março de 2012

Jogadores alegam suposto racismo durante abordagem policial no RS


Atletas do São Luiz de Ijuí registraram queixa na delegacia sobre o caso.
BM nega e diz que jogador dirigia sem CNH e com documentos vencidos.

Do G1 RS

Dois jogadores de futebol do São Luiz, clube da primeira divisão do futebol gaúcho, alegam terem sido vítimas de racismo em Ijuí, na região noroeste do Rio Grande do Sul, durante uma abordagem policial da Brigada Militar. O volante Alejandro e o atacante Douglas registraram queixa na delegacia e o caso deve ser investigado.
O incidente ocorreu na quinta-feira (1). De acordo com Alejandro, ele e o colega de time foram pagar uma conta em uma agência lotérica. Quando deixaram o local de carro, teriam sido perseguidos por uma viatura e abordados pelos policiais militares.
“Os PMs nos seguiram umas três quadras. Mandaram a gente sair do carro, abrir os braços e as pernas. Nos identificamos como jogadores do São Luíz, mas eles disseram que alguém tinha nos confundido com assaltantes. Ficamos uma meia hora sendo revistados. Foi uma vergonha muito grande”, disse Alejandro, que é uruguaio, ao G1.
Alejandro garante que não houve nenhum tipo de agressão. Acompanhados do presidente do clube, os dois atletas registraram queixa na delegacia por constrangimento ilegal na noite de sexta-feira (2). No site oficial, o clube divulgou uma nota de repúdio ao episódio. “Toda e qualquer atitude de preconceito, seja da forma que for, deve ser repudiada por todos aqueles que acreditam em um mundo de igualdade e de paz”, diz trecho do texto.
O vice-diretor de futebol do São Luiz, Delmar Blatt, lembra que não é a primeira vez que esse tipo de episódio ocorre com jogadores do clube. No ano passado, o jogador Neguette teria passado por situação semelhante. “Isso tem que acabar. Não é nada bom para a reputação da nossa cidade”, argumenta.
A Brigada Militar nega veementemente o suposto racismo, mas promete apurar o caso. De acordo com o capitão do 29º Batalhão de Polícia Militar de Ijuí, Luís Felipe Neves, a polícia recebeu uma denúncia sobre um veículo com três pessoas em atitude suspeita nos arredores da casa lotérica e de uma agência bancária e fez a abordagem.
“Os policiais efetuaram a abordagem conforme preconiza a técnica: com supremacia de força e surpresa. Não houve racismo, constrangimento ou abuso policial. A maneira com a BM atuou na revista é como sempre vai autuar, independente da pessoa”, afirma.
De acordo com o capitão da BM, o veículo no qual estavam os jogadores, com placas de Vacaria, estava com dois anos de licenciamento vencido e o motorista, Alejandro, não possuía carteira de habilitação. O carro foi recolhido e o condutor autuado por duas infrações de trânsito. O jogador uruguaio alega que os documentos foram roubados.

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