Produto típico da cultura gaúcha é usado para fabricar cuias de chimarrão. Este ano, perdas nas lavouras passam de 70%.
O produtor Sérgio Bianchin já começou a colheita na área de dez hectares. Por causa da seca, ele deve colher dez mil porongos, uma quantidade menor do que a expectativa inicial de 70 mil.
Quando o tempo colabora e em épocas de safra normal, a média de produção é de cerca de sete porongos por metro quadrado. Mas este ano a quantidade não chega nem na metade da expectativa.
O prejuízo já passa de 70% na lavoura de oito hectares do agricultor Carlos Augusto Medeiros. A seca também favoreceu a proliferação de pragas como o percevejo."Foi colocado o veneno e piorou. Amarelou mais o porongo, que morreu mais rápido", lamenta.
O porongo é a base para a fabricação da cuia de chimarrão, muito consumido no Rio Grande do Sul e em países como Uruguai e Argentina. A indústria em Santa Maria estima que irá deixar de vender cerca de 300 mil peças este ano. A fábrica está pagando para os produtores 40% a mais pelo porongo e não sabe como os consumidores de cuias reagirão aos aumentos. "só vende porque é barato. Vende em grande quantidade. Agora, eu não sei como vai ficar o mercado porque vai ter que aumentar o preço", diz Elton Seiger, dono da fábrica.
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