MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de março de 2012

Vladimir Putin comemora vitória nas eleições presidenciais russas


Com 98,47% de apuração, primeiro-ministro recebeu 63,9% dos votos.
Oposição fala em fraudes; vídeo teria registrado irregularidades em posto.

Do G1, com agências internacionais*
Com 98,4% dos votos apurados, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, declarou vitória nas eleições presidenciais russas, realizadas neste domingo (4). De acordo com a Comissão Eleitoral Central (CEC), o homem forte da Rússia obtém 63,9% dos votos, quase 43 milhões.
Com este resultado, Putin, que já exerceu o cargo de presidente entre 2000 e 2008, seria o ganhador do pleito no primeiro turno. A vitória é questionada por seus rivais, que consideram a eleição presidencial russa um roubo.
"Obrigado a todos que disseram 'sim' à grande Rússia", gritou Putin com lágrimas nos olhos perante dezenas de milhares de partidários, reunidos a dezenas de metros das muralhas do Kremlin. "Vencemos!", comemorou no meio das aclamações de seus jovens seguidores.
Putin afirmou que o povo da Rússia demonstrou saber "diferenciar os ares de mudança das tentativas de destruir o país".
"Não haverá segundo turno. Esta vitória estava clara há dois ou três meses", disse o cineasta Stanislav Govorujin, chefe de campanha de Putin, em declarações ao vivo pela televisão logo após os primeiros resultados serem divulgados.
O líder do Partido Comunista da Rússia, Gennady Ziuganov, foi o segundo candidato mais votado, com 17,14%, segundo os dados da CEC.
O terceiro lugar corresponde ao multimilionário Mikhail Prokhorov, com 7,47%, considerado uma das grandes surpresas da campanha presidencial russa ao se tratar de um candidato sem experiência política.
O ultranacionalista Vladimir Jirinovski, que participou de várias votações presidenciais nos últimos 20 anos, é quarto, com 6,24% dos sufrágios. Já o social-democrata Sergei Mironov, antigo presidente do Senado, é quinto e último com 3,80% dos votos emitidos.
Legitimidade em questão
Poucos minutos após se saber os primeiros resultados oficiais, o líder comunista negou a legitimidade destas eleições, que o chefe da campanha de Putin considerou "as mais limpas de toda a história da Rússia".
"Não vejo o sentido de felicitar ninguém. Com estas eleições perdemos todos. Limparam os pés com nossos cidadãos", disse Ziuganov.
Ele acrescentou que como candidato, não pode "reconhecer o pleito realizado como limpo, justo nem honesto". "A enorme máquina estatal, criminosa e corrupta, trabalhou a favor de um só candidato", criticou Ziuganov em alusão a Putin.
Vladmir Putin (Foto: REUTERS/Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Kremlin)Vladmir Putin (Foto: REUTERS/Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Kremlin)
A agência de observação eleitoral independente Golos disse que recebeu registros de prática da chamada "votação carrossel", em que ônibus levam eleitores para depositar seus votos mais de uma vez em diferentes postos. Um vídeo feito em uma sessão do Cáucaso russo teria registrado práticas irregulares.
O site da Golos recebeu mais de mil reclamações de irregularidades, incluindo de listas de votantes com validade questionável e de câmeras fora de funcionamento em postos de votação.
12 anos
Em contrapartida às acusações, Putin expressou confiança ao se dirigir ao público que lotou a praça junto ao Kremlin. "Tivemos vitória em uma batalha aberta e honesta", afirmou.
Pesquisas preliminares já apontavam que Putin podia conquistar o cargo ainda no primeiro turno, com cerca de 60% dos votos. Putin completará quase 12 anos de predomínio na política local.
Depois de dois mandados de quatro anos como presidente, em 2000 e 2004, Putin conseguiu eleger o atual presidente e aliado, Dimitri Medvedev – como no Brasil, a lei eleitoral não permite um terceiro mandato consecutivo. Tornou-se então primeiro-ministro, mas a percepção geral é de que continuou sendo o político mais poderoso do país.

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