MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de março de 2012

Queda em produtividade de soja pode superar 10% em Sorriso (MT)


Município é considerado maior produtor nacional de soja.
Mais de 600 mil hectares foram reservados à cultura esta safra.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

A colheita da safra 2011/12 de soja no estado que mais produz a oleaginosa atingiu aproximadamente 65% dos 6,9 milhões de hectares. O percentual representa um avanço de 26,2 pontos percentuais sobre 2010/11 quando nesta mesma época do ano os trabalhos alcançavam 38,7% da área. Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Médio norte e oeste registram o maior avanço na retirada da soja das lavouras, com 77,6% e 65,8%, respectivamente.
Individualmente, Sorriso e Sapezal são as cidades com o maior percentual de área colhida. De acordo com o Imea, no primeiro município as máquinas já conseguiram percorrer 87% das lavouras. A cidade é considerada maior produtora nacional de soja e nesta safra destinou à cultura 610 mil hectares. Enquanto isso, em Sapezal, a cobertura chegou a 80% dos 362,5 mil hectares.
O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Laércio Pedro Lenz, diz que o tempo favoreceu a colheita da soja no município. Pelas contas da entidade, já chega a 95% o percentual colhido, superior ao apresentado pelo Imea. A estimativa é que se o tempo for favorável ao agricultor, os serviços sejam finalizados ainda nesta semana.
Mas no município considerado maior produtor nacional do grão as perdas no volume de soja colhido por cada hectare já são realidade. Embora os números da safra não tenham sido consolidados, o setor fala em uma queda de até 12% na produtividade. Tudo incentivado pelo fator climático e a incidência da ferrugem asiática.
Para o produtor, o volume colhido nesta safra é considerado abaixo do esperado. "Sorriso está dando uma queda entre 8% e 12% na produtividade. Esse ano, estamos colhendo de 55 a 56 sacas por hectare contra 62 sacas do ano passado. O fator clima contribuiu. Foi muita chuva em janeiro, além da ferrugem", destacou o Laércio Pedro Lenz.
Em Mato Grosso, o produtor rural também deve registrar perdas na produtividade em função dos problemas que atingiram a safra de soja. Os números finais ainda serão calculados pela entidade que representa o setor, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja).
Para o presidente da entidade, Carlos Fávaro, os produtores podem colher até 5% a menos por cada hectare. A maior preocupação incide sobre a região produtiva localizada às margens da BR-163, que sozinha concentra quase a metade da produção estadual da oleaginosa.
A ferrugem asiática a qual os produtores rurais mencionam é considerada uma das maiores preocupações no campo. Isto porque o ataque da doença prejudica o desempenho da planta e potencializa baixas na produção. Atualmente, Mato Grosso é o estado com o segundo maior total de focos.
São 88 notificações da doença contra 108 de Goiás, conforme identificou o Consórcio Antiferrugem, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com demais entidades. Com 18 casos, Paraná figura na posição de número três.

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