Processo de beatificação de religiosa será lançado neste domingo

Restos mortais serão depositados em capela de Três Pontas, MG
Freira morreu em 2005 e agora poderá ser beatificada.

Do G1 Sul de Minas

Será lançado oficialmente neste fim de semana o processo de beatificação da Madre Tereza Margarida do Coração de Maria. A monja carmelita que nasceu em Borda da Mata, no Sul de Minas, viveu 65 anos em Três Pontas e era conhecida por ser uma boa conselheira. Ela morreu em 2005, aos 89 anos. A freira era chamada por todos por "Nossa Mãe". Neste domingo (4), os restos mortais da madre serão depositados em uma capela que fica dentro do Carmelo São José, em Três Pontas.
Em julho do ano passado, a diocese entrou com um pedido de abertura do processo de beatificação, que foi liberado recentemente. Dois representantes do Vaticano estão em Três Pontas e têm a missão de orientar a diocese no trabalho de pesquisa. Em uma próxima etapa, a documentação será encaminhada ao Vaticano.
Neste domingo, antes do sepultamento dos restos mortais, acontece uma procissão às 14h. Os fiéis sairão do Carmelo São José em direção à Igreja Matriz de Nossa Senhora D´ajuda, onde haverá a celebração de uma missa que será presidida por Dom Diamantino Prata de Carvalho, bispo da Diocese de Campanha.
Não existe nenhum milagre atribuído à madre, mas muitas pessoas dizem ter alcançado graças que foram atribuídas a ela.
Biografia

Madre Tereza Margarida do Coração de Maria,
que morreu em 2005. (Foto: Reprodução EPTV)

Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza, nasceu em 24 de dezembro de 1915, em Borda da Mata. Ela ingressou na vida religiosa aos 22 anos, em Mogi das Cruzes (SP). Ao receber o hábito de noviça, ela recebeu o nome de Tereza Margarida do Coração de Maria. Ela emitiu os votos solenes em fevereiro de 1942. Madre Tereza fundou o Carmelo São José e lá ficou conhecida por todos como "Nossa Mãe", pelos atos de caridade.
Na casa religiosa fundada por Madre Tereza e onde ela viveu a maior parte da vida, estão hospedadas diversas monjas vindas de diversos carmelos de Minas Gerais. Atualmente no carmelo vivem 19 freiras, de vida enclausurada, ou seja, não deixam o carmelo em nenhuma ocasião, exceto problemas de saúde ou motivo de falecimento de familiares.