Primeiras impressões: Jeep Wrangler 2012

Tradicional jipe, enfim, ganha motor e câmbio eficientes.
Direção lenta e suspensão podem cansar no uso restrito ao asfalto.

Rodrigo Mora Do G1, em São Paulo

Empenhada na estratégia de ampliar sua oferta de produtos no mercado brasileiro, a Jeep aproveitou o lançamento do Compass – agora sua porta de entrada por aqui – e apresentou também a linha 2012 do Wrangler. O tradicional jipe ganhou melhorias que o deixaram mais caro: antes custando R$ 110,9 mil, a versão duas portas saltou para R$ 129,9 mil, enquanto o Wrangler Unlimited (quatro portas) foi de R$ 129,9 mil para R$ 139,9 mil.

Quais melhorias? Visuais, nenhuma. Apenas o interior ganhou bem-vindas alterações no acabamento. Aliás, todos os comandos estão exatamente onde estavam na linha 2011, só que agora dispostos de maneira mais cativante ao toque e aos olhos. O console que suporta o rádio, os controles e as saídas do ar-condicionado foi arredondado, dando um ar mais jovial à cabine. Nas portas, puxadores, maçanetas e travas também foram trocados. E a direção, enfim, ganhou um volante multifuncional de aparência moderna e, o melhor, diâmetro menor.

Jeep Wrangler 2012 (Foto: Divulgação)

Externamente, o Jeep Wrangler continua o mesmo. E isso é o melhor que a Jeep poderia ter feito por ele. O jipão manteve a identidade com os faróis redondos e a grade com sete fendas. Apesar de ter nascido (em 1987) com faróis quadrados, foi assim que se tornou popular.

Jeep Wrangler 2012 (Foto: Divulgação/Pedro Bicudo)

Impressões
O grande avanço do Wrangler 2012 não é de ver, mas de sentir. O exaurido motor 3.8 V6, de 199 cavalos de potência e acoplado a um câmbio automático de apenas quatro velocidades, deu lugar ao moderno bloco Pentastar, também V6, mas de 284 cv. O torque foi incrementado em 3,3 kg, passando agora para 35,4 kgfm, enquanto o câmbio ganhou uma marcha. Segundo a marca, potência e torque cresceram 40% e 10%, respectivamente.

Jeep Wrangler 2012 (Foto: Divulgação/Pedro Bicudo)

O G1 experimentou o Jeep Wrangler 2012 por curtos trechos de asfalto e off-road, e notou que o jipe ficou sensivelmente mais ágil no trânsito urbano, além de desenvolver velocidade com bem mais rapidez (e segurança) em estradas. Na parte fora de estrada, pouco foi possível verificar se o aumento de potência incrementou sua já invejável bravura.

Jeep Wrangler 2012 (Foto: Divulgação/Pedro Bicudo)

Mas esqueça o Wrangler se ele for um carro para ser utilizado apenas no asfalto. É óbvio que seu habitat natural não é esse. Sua direção tem respostas muito lentas e a suspensão não impede o veículo de sacolejar a cada obstáculo. Não chegam a ser defeitos, mas sim características que fazem muito mais sentido longe da selva urbana.