MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 1 de março de 2012

Médicos baianos reclamam da falta de condições de trabalho em hospitais


MP-BA e outros órgãos fizeram uma vistoria no Hospital Roberto Santos.
Médicos criaram uma página na internet para denunciar problemas.

Do G1 BA, com informações da TV BA

Médicos baianos fazem um desabafo por causa da falta de condições de trabalho nas maternidades públicas do estado. Segundo eles, no último final de semana, faltou luz no centro de obstetrícia do Hospital Roberto Santos, em Salvador.
Nas últimas semanas foram registrados alguns casos de denúncias de gestantes que perderam os bebês na hora do parto em hospitais públicos da capital. Todos esses fatos levaram o Ministério Público da Bahia a fazer uma vistoria nesta quinta-feira (1) no Hospital Roberto Santos, localizado no bairro do Cabula.
Imagens feitas com uma câmera escondida mostram representantes do Ministério Público Estadual, Conselho Regional de Medicina da Bahia e Sindicato dos médicos vistoriando o Centro Obstétrico do Hospital Roberto Santos nesta quinta. Durante a visita, uma mulher fala sobre o uso das salas de parto para abrigar mulheres que acabaram de ter seus bebês, o que não é considerado um procedimento correto. "Sete bebês internados. Aqui [no setor de obstetrícia] é para parir e ir embora. Aqui é sala de parto, não é UTI neonatal", diz a mulher.
A situação das maternidades públicas virou assunto nas redes sociais, na internet. Médicos criaram uma página para denunciar os problemas frequentes. Um deles conta que no último fim de semana, faltou luz no Hospital Roberto Santos, e que o gerador não foi capaz de iluminar nem 50% do centro obstétrico. Além disso, consultórios estavam ocupados por pacientes. E que três das cinco salas de parto abrigavam recém nascidos por falta de vaga no berçários.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Francisco Magalhães, que também esteve na vistoria do Roberto Santos, se diz preocupado com a situação das maternidades públicas do estado. Segundo ele, dois fatores são ainda mais graves. "Os profissionais estão se aposentando, não são substituídos. Estão ficando doenetes, não são substituídos. Eu cheguei aqui [no Roberto Santos] em um dia de terça-feira e só tinha uma obstetra. De quatro, só tinha uma porque os outros três ou estavam de férias, ou estavam doentes, ou então tinha se aposentado. Isso é uma coisa. A outra, é a própria super lotação. Enquanto acontecer isso, os médicos é que vão ficar pagando o pato, ele vai ser o criminalizado, e a população sofrendo a angústia na porta de uma maternidade", desabafa.
Na semana passada, duas mães que perderam seus bebês na maternidade Tsylla Balbino, em Salvador, acusaram o hospital de descaso. Situação parecida a de outras três mães que também perderam bebês na maternidade Albert Sabin, localizada na capital.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que as maternidades públicas são mantidas em condição de prestar um bom atendimento à população, e que a Secretaria tem se empenhado para adotar o mais rápido possível a rede cegonha, do Ministério da Saúde, para humanizar o atendimento às gestantes.

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