Todos os 109 leitos da maternidade estão ocupados.
Hospital já começa a acomodar gestantes nos corredores.
Gestantes são acomodadas em poltronas no
corredor por falta de leitos. (Foto: Jonathan Lins/G1)
A Maternidade Escola Santa Mônica está mais uma vez operando no limite
de sua capacidade. Os 109 leitos da maternidade estão ocupados. Cerca de
20 gestantes aguardam no pré-parto, que só possui capacidade para 15.
Funcionários do hospital, que é referência em atendimento às gestantes
de alto risco, dizem que já não há mais leitos disponíveis para novos
pacientes.corredor por falta de leitos. (Foto: Jonathan Lins/G1)
Edmilson Nery, funcionário da maternidade, afirma que os pacientes estão sendo colocados no corredor, e por isso, já estão procurando transferência para o Hospital Universitário. “Se continuar assim, vamos ter que colocá-las no chão”, conta.
Um funcionário, que não quis se identificar, reclama das condições de trabalho no local e aponta a quantidade elevada de pacientes vindos do interior. Segundo ele, os pacientes vão à Santa Mônica por ser referência, mas acabam por não ter o atendimento que buscam. "Os pacientes vêm pra cá achando que vão ficar em quartos, mas acabam ficando mesmo no corredor, por causa da lotação. É muita gente aqui".
O corredor, sem ventilação, abriga pelo menos quatro mulheres em poltronas desconfortáveis. Silvana Araújo, de 15 anos, deu entrada na noite de ontem (28) perdendo líquido amniótico e foi colocada em um quarto. Hoje pela manhã, a adolescente que está grávida de seis meses foi transferida para o corredor, onde aguarda para se examinada desde às 8 horas. "Isso é um desrespeito, minha irmã está grávida, perdendo líquido e fica jogada aqui no corredor. Ninguém vem atender ela", desabafou a irmã jovem grávida, Fernanda Araújo.
Gestantes e familiares aguardam atendimento em leitos espalhados no corredor. (Foto: Jonathan Lins/G1)
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