Fazer a compra de artefatos em lojas certificadas é uma dica importante.
Comerciantes comemoram vendas nessa época do ano.
Corpo
de Bombeiros em apreensão de fogos de artifício irregulares em Belém,
em 2011. Agentes destacam ações de segurança para prevenir acidentes com
os fogos. (Foto: Ary Souza/ O Liberal)
Para se despedir de 2012 em meio a espetáculo de luzes e cores no céu, a
capitã Mônica Veloso, do Corpo de Bombeiros, orienta os paraenses sobre
como comemorar o réveillon com segurança, seja em ambiente doméstico ou
em eventos abertos.“Em grandes festas, normalmente a queima de fogos é programada para acontecer em balsas, ou a uma distância segura do público que vai assistir a espetáculos pirotécnicos, para evitar acidentes. Mas para quem vê a shows pela primeira vez, a curiosidade em chegar próximo pode levar a riscos”, explica.
Queimaduras e amputações de membros estão entre as ocorrências de acidentes mais comuns nessa época do ano. Nesses casos, a orientação é procurar atendimento médico com urgência, molhar a área afetada com água corrente e em situações mais graves, seguir para hospitais especializados, como o Hospital Metropolitano, em Ananindeua.
A capitã explica que a maior parte dessas ocorrências acontece em festejos dentro de casa, quando a manipulação de explosivos se dá de forma inadequada. “A maior parte das pessoas que compra esse material sequer lê a embalagem, as instruções de uso. Muitos ainda soltam foguetes sob efeito de bebidas alcoólicas ou deixam que crianças e adolescentes manipulem esses artefatos”, observa.
Para se divertir com tranquilidade, vale checar alguns itens, como o lacre de segurança, que não pode estar rompido, e no momento da soltura dos explosivos, manter o artefato em posição vertical, além de se manter à distância.
Outro detalhe importante para o qual a capitã Mônica chama a atenção é o local de compra, que deve ser certificados e ter recebido vistoria recente do Corpo de Bombeiros. “Algumas pessoas fazem compras em locais clandestinos ou com ambulantes para pagar um preço mais baixo. Mas esse é um barato que sai caro, pois é sempre importante lembrar que o material é explosivo e oferece perigo.”, finaliza.
No estabelecimento do comerciante Bruno Fonseca, há 30 anos no mercado de fogos de artifício na capital paraense, o horário foi adaptado para receber os clientes que deixam para fazer suas compras pouco antes da contagem regressiva. “Desde a sexta-feira (28) nossa loja está abrindo de 8h às 22h. No sábado e domingo também foi grande o movimento”.
Entre os produtos mais vendidos estão os chamados “fogos de vista”, “pistolas” e os “kits prontos”, com 25 a 128 tubos que promovem espetáculos pirotécnicos de até 5 minutos, com cores e formatos diversos. A encomenda de morteiros também é grande para o mês de dezembro, quando estes são usados em eventos de grandes proporções.
Mais popular, a “pistola”, vendida em caixas com 12 unidades, pode ser encontrada a R$ 10,99. Já os chamados “kits prontos”, com até 128 tubos de explosivos, podem custar até R$ 1.399,00.
Segundo o comerciante, as vendas do ano passado foram boas, embora ele não revele o rendimento. A expectativa se mantém nos minutos finais de 2012: “Para o réveillon deste ano, encomendamos 90 toneladas de fogos e reforçamos a equipe para dar conta das vendas. Esperemos que dê tempo para vender tudo.”
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