Thamires Tavares A TARDE
De acordo com estudo realizado na Universidade do Estado da Califórnia pelo professor de psicologia Robert Levine, a rotina nas metrópoles atrapalha no tratamento cortês. Levine comprovou a tese através de uma experiência em 36 cidades americanas, onde acompanhou a frequência de gestos gentis em ambientes que demandam mais ou menos pressa. Nova York foi considerada a menos gentil, ocupando a terceira posição entre as cidades mais rápidas. No mesmo estado, a cidade de Rochester se mostrou a mais "gente boa", com ritmo de vida mais lento. O estudo completo pode ser conferido no livro "A Geografia do Tempo", de Levine.
Por aqui, o tempo também pode influenciar no tratamento entre as pessoas. Para o jornalista e ex-guia turístico Marko Ajdaric, o baiano está mais egoísta e estressado. Marko, que é paulista, relata que antigamente a cortesia baiana era espontânea. A cidade estava bem cuidada e era atraente para os turistas. Atualmente, o número de ocorrências de maus tratos e má vontade é grande. "Passei nove anos fora e estou abismado", exclama Ajdaric.
O intercambista francês Gabriel Nataf, que está na capital baiana há dois meses, concorda com a receptividade. "Nunca vi um povo tão acolhedor", elogia Nataf, que conta ainda que já viajou por toda a Europa e nunca encontrou esse tipo de tratamento.
A gentileza, além dos costumes locais, também se relaciona com o momento presente. "Às vezes varia do estado de espírito da pessoa, que pode estar passando por dificuldades na hora", sugere o artesão Arisson Brito.
A ideia é que, independente de como esteja o humor, pequenos atos possam ser realizados para a boa convivência com o próximo. O exercício de sempre se colocar no lugar do outro é válido para repensar certas ações intempestivas. Tolerância, paciência e respeito se tornam, também, fundamentais para a convivência. Assim, através da contribuição coletiva e exercício de diversas atitudes positivas, o ano de 2013 pode se tornar mais agradável para todos.
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