Liminar da justiça libera hospital e maternidade de Bayeux na Paraíba

CRM diz que apesar de liberada, unidade não tem condições de funcionar.
Conselho orienta população a procurar outros hospitais.

Do G1 PB

O Hospital e Maternidade João Mariscano, em Bayeux que havia sido interditado eticamente pelo Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) na última quinta-feira (27) e também pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) na sexta-feira (28) foi liberado para atender ao público neste domingo (30) por meio de uma liminar concedida pela Justiça.
De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB Eurípedes Mendonça, a Justiça Federal de Campina Grande concedeu uma liminar autorizando o funcionamento da unidade interditada, alegando que a população não poderia ficar desassistida por ser este o único hospital da cidade. A fiscalização do CRM-PB esteve novamente na unidade durante a manhã deste domingo (30) e informou a reportagem do G1 por telefone, que apesar do conselho ter cumprido a determinação da Justiça, o hospital continua sem nenhuma condição de atender à população.

“Nós voltamos ao Hospital e Maternidade João Mariscano na manhã deste domingo, o setor de pediatria era o único que estava funcionando, mas o hospital está sem pediatra de plantão há mais de 24 horas, na maternidade há apenas um técnico de enfermagem e um enfermeiro plantonista e dessa forma não há condições de serem realizados partos, pois a equipe não tem condições de atender nas enfermarias e no bloco cirúrgico, as condições do hospital são precárias, com infiltrações, mofo, equipamentos enferrujados, o hospital está caindo aos pedaços”. Disse.
Eurípedes Mendonça disse ainda que no local não está mais sendo feito nenhum internamento e  que vem funcionando com uma espécie de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) realizando  atendimentos de urgência e mandando o usuário para casa. “O hospital não está mais realizando internamentos está apenas atendendo algumas urgências como se fosse uma UPA e não um hospital, a orientação que o CRM-PB dá à população é que se possível procurem outros hospitais para receber atendimento, porque nós estamos saindo aqui da unidade e ela não tem nenhuma condição de atender às pessoas.” afirmou.