MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mais de 600 estão na fila de espera por uma cirurgia cardíaca em MT


Segundo o MPE, rede pública do estado está entre as piores do país.
Um total de 658 pacientes aguardam por cirurgia do coração.

Do G1 MT

A fila para fazer uma cirurgia cardíaca pela rede pública de saúde em Mato Grosso está entre os piores pontos da crise da saúde no estado, conforme o Ministério Público Estadual (MPE). São exatamente 658 pessoas à espera de uma angioplastia, cirurgia no coração, e 2.094 aguardam por uma consulta com um cardiologista.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou que as cirurgias cardíacas são de alta complexidade e, por isso, estão sob responsabilidade de Cuiabá por causa de um convênio firmado entre os municípios e a prefeitura da capital. A diretora da Central de Regulação, Criciane Zambrini, informou que, para reduzir a fila, aguarda a habilitação de novas unidades de referência em alta complexidade vascular. Ela disse ainda que para o ano que vem estão previstas a inclusão da Santa Casa e do Hospital Santa Helena no quadro de unidades aptas para realizar as cirurgias.
O motorista Altair Camargo e o mototaxista Vanderley Carlos Vieira da Silva estão internados há mais de 40 dias e precisam fazer quatro pontes de safena. “Toda segunda-feira dizem que vão ter alguma previsão, mas nunca tem. E assim vão passando semanas e mais semanas. A gente vai ficando mais desesperado. Você precisando de uma cirurgia de emergência e esperando 45 dias, não pode”, ressaltou Vanderley.
Para o diretor administrativo do Pronto-Socorro de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, Arilton Azevedo Ferreira, a realização das cirurgias depende do estado. “Nós fazemos o melhor possível para estabilizar o paciente e fazemos o contato bem antes para a Central de Regulação. O estado é que faz através dos médicos uma avaliação que vê quais são as prioridades”, explicou.
 De acordo com o promotor Alexandre Guedes, a situação precária se arrasta há vários anos. “A questão da cardiologia é porque ela é essencial à manutenção da vida humana. Se a pessoa não recebe a cirurgia cardíaca a tempo ou não faz uma consulta que possa prevenir alguma problema ela certamente irá a óbito por conta disso”, enfatizou.
Para acabar com a fila de espera dos pacientes, uma ação civil pública foi proposta no dia 14 de novembro deste ano. “Nós estamos pedindo para que se liquide as filas, tanto das cirurgias cardíacas quanto das consultas em cardiologia. O juiz mandou ouvir o estado e o município de Cuiabá e nós esperamos que a liminar seja concedida. Nós pedimos que isso seja liquidado em 150 dias. Não dá para esperar mais”, disse o promotor.

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