Humberto se veste de bom velhinho pelo 3º ano para entregar presentes.
A listinha do Papai Noel pedidos de brinquedos à cestas básicas.
Papai
Noel dos Correios fez entrega de presentes neste domingo no Bairro
Ronaldo Aragão, em Porto Velho (Foto: Larissa Matarésio/G1)
"Cada ano é uma emoção diferente. É impossível não se emocionar ou se
chocar com as histórias de algumas crianças que encontramos durante a
entrega dos presentes", relata Humberto Bezerra, que pelo terceiro ano
se transforma no Papai Noel dos Correios de Porto Velho. "A história
mais triste que presenciei foi no meu primeiro ano como Noel. Uma
criança havia pedido uma bomba de poço, porque na cartinha ela dizia que
não aguentava mais puxar água no braço. Um dos funcionários dos
Correios se compadeceu e comprou. Quando fomos fazer a entrega, vimos
que a criança morava com o pai e outro irmãozinho em uma casa
abandonada. Foi muito triste, aquilo me marcou", conta Humberto.O bom velhinho Humberto trabalhou este ano como voluntário. "Eu não sou mais funcionário dos Correios, mas o projeto do Papai Noel é tão gratificante, a gente ajuda tantas crianças, que eu não pude abandonar. Eu me sinto honrado de poder vestir essa roupa uma vez por ano para trazer alegria a esses pequenininhos que muitas vezes não têm o que comer", completa.
Brenda, de 10 anos, recebeu um patins de presente
do Papai Noel. A mãe, Taiane Firmino, se alegra
pela filha: 'Estou muito feliz por ela, eu não poderia
dar um presente desses'
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
Ijacilde Carvalho é ajudante do bom velhinho há quatro anos e diz que o
trabalho é maravilhoso. "Quanto mais a gente ajuda, mais quer ajudar.
Não importa o tempo, se está chuva ou sol, onde nós tivermos que
entregar os presentes, nós vamos", ressalta. Ijacilde trabalhou neste
domingo (23) como ajudante do Papai Noel Humberto na entrega de mais de
200 presentes à crianças carentes do Bairro Ronaldo Aragão, na capital.do Papai Noel. A mãe, Taiane Firmino, se alegra
pela filha: 'Estou muito feliz por ela, eu não poderia
dar um presente desses'
(Foto: Larissa Matarésio/G1)
Na listinha de presentes que o velhinho carregava, o que dominavam eram os brinquedos, mas também era possível encontrar materiais escolares e cestas básicas. "A gente recebe tudo quanto é pedido. Na maioria são pedidos de material escolar e brinquedos, coisas que as famílias não têm condições de comprar. Tentamos da melhor forma possível ajudar essas pessoas", comenta Ijacilde.
Neste Natal, a casa do pedreiro Jerson dos Santos teve muito o que comemorar, a cartinha do filho foi atendida. Isaac, de seis anos, pediu um kit de material escolar. "O Isaac estava morando com a avó, mas agora ele vai vir morar comigo e com a mãe e esse ano ele vai para a escola. Eu fico muito feliz por ele ter recebido esse presente, porque a educação é a melhor coisa que eu posso deixar para a vida dele", diz Jerson.
Endereços
escritos de maneira incorreta dificultam o trabalho do Papai Noel para
entregar cesta básica para família (Foto: Larissa Matarésio/G1)
Aparecido Pereira, coordenador do projeto em 2012, explica que uma das
dificuldades na hora da entrega dos presentes é a falta de endereço ou
endereço incorreto. Foi o que aconteceu com a equipe do Papai Noel
Humberto. "Temos uma cesta básica para entregar, mas não estamos achando
o endereço em lugar algum. É uma pena, ficamos muito tristes quando
algo assim acontece. Nesses casos, nós vemos alguém que esteja com
dificuldades e entregamos o presente", conta.Quem também ficou feliz com o presente foi Keury Freitas, de seis anos que ganhou uma mochila escolar. "Agora eu vou levar meu material para a escola dentro da mochila", disse a menina.
A pequena Maria Clara de 4 anos ganhou uma
boneca de Natal (Foto: Larissa Matarésio/G1)
Outro encontro emocionante com o Papai Noel foi o da pequena Maria
Clara Monteiro, de quatro anos, que ganhou do bom velhinho uma boneca
quase do seu tamanho.boneca de Natal (Foto: Larissa Matarésio/G1)
Maria corria de uma lado para o outro com a boneca no colo e abraçava o Papai Noel com os olhos brilhando. A mãe, Marcela Monteiro, conta que a filha nasceu com uma pequena deficiência, por isso não fala. "Mas isso nunca foi impedimento para a gente entender o que ela diz, porque parece que ela conversa com o olhar. Fico muito feliz que ela tenha ganhado esse presente hoje, não sei se vamos ter condição de comprar algo este ano", diz Marcela.
Aparecido Pereira conta que foram enviadas mais de oito mil cartas ao Papai Noel de Rondônia, 1,1 mil só em Porto Velho. Em todo o estado foram atendidas quatro mil cartas, e cerca de 3,9 mil foram por apadrinhamento.
Neste domingo (23) foram feitas as entregas dos presentes em Porto Velho. Foram divididas quatro equipes de Papais Noéis nos quatro cantos da cidade. A entrega contou com a ajuda de funcionários dos Correios, do Corpo de Bombeiros e do 5° Batalhão de Engenharia e Construção (BEC).
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