MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Evento no Pará esclarece dúvidas sobre doações de órgãos


Cerca de 1,8 mil pessoas estão na fila por transplante no Pará.
Explicar à família o desejo de ser doador é o recomendado por especialistas.

Do G1 PA

No Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, o Hospital Ophir Loyola (HOL) promove em Belém uma programação voltada aos futuros doadores e seus familiares. O objetivo é mostrar a importância da doação de órgãos e tirar dúvidas sobre como  “O que doar e por que doar?”.
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Referência no tratamento de câncer no Pará, hospital ganha novos leitos (Foto: Tarso Sarraf/ O Liberal)Hospital referência em transplantes promove evento para incentivar doações. (Foto: Tarso Sarraf/ O Liberal)
A programação acontece durante toda a manhã e inclui homenagens às famílias de doadores, palestras orientadoras e atividades de promoção e apoio à causa serão desenvolvidas no auditório do HOL e em frente à instituição.
"A falta de uma cultura de doação de órgãos é o principal entrave para a realização de transplantes no Norte do Brasil. Muitas vezes o procedimento não ocorre devido a não autorização da família de uma pessoa falecida e, em alguns casos, o impedimento vem da religião, mas ao longo dos anos esses entraves vêm diminuindo", afirma Ana Beltrão, Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado do Pará (CNCDO).
Um dos pedidos da organização do evento é de que as pessoas manifestem em vida seu desejo de doar os órgãos. Em caso de morte encefálica (quando a lesão no cérebro é irrecuperável) ou de parada cardiorrespiratória, as equipes médicas consultam as famílias para pedir autorização para a doação.
Serviço da Susam teve início nesta nesta quarta-feira (8) em Manaus (Foto: Divulgação/Susam)No Pará apenas transplantes de rim e córneas são
realizados. (Foto: Divulgação/Susam)
"No caso de doador em morte encefálica e potencial doador, o caminho é a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado do Pará (CNCDO), que aciona o Hospital Ophir Loyola sobre a remoção desse potencial doador para captação dos órgãos no HOL para posterior realização dos transplantes. Esse processo é criterioso, pois depende da compatibilidade do candidato a transplante com os órgãos doados", explica a médica.
Entre os fatores analisados estão a idade, critérios de contraindicação, informações colhidas junto aos familiares e cônjugues e exames de compatibilidade entre doadores e pacientes que precisam dos órgãos.
A médica explica que decidir pela doação ao perder um ente querido é complicado, mas necessário. "O momento da perda de um ente querido é o mais difícil de fazer a abordagem, no entanto é o momento exato para que vidas possam ser salvas, por isso as equipes devem ser altamente qualificadas", conta Ana Beltrão.
Doação de órgãos em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Subaé)Doações de órgãos dependem de autorização das
famílias (Foto: Reprodução/TV Subaé)
De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 74 notificações sobre potenciais doadores. Destes, 46% não puderam doar porque as famílias não autorizaram a realização do procedimento, o que é exigido por lei. Ainda segundo o documento, cerca de 898 pessoas aguardam na fila para realizar transplantes de rins e outras 900 aguardam a realização de transplante de córneas para poder enxergar ou ver melhor, de acordo com a Central de Transplantes do estado.
ServiçoProgramação pelo Dia Nacional de Doação de Órgãos
Local: Hospital Ophir Loyola
Realização: 27 de setembro, das 8h as 14h

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