MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

NA COPA O CAOS SERÁ MAIOR

Funcionários reclamam de calor e prejuízos nas lojas do Galeão, no Rio

Apagão atingiu aeroporto na noite de quarta-feira e causou transtornos.
Na manhã desta quinta-feira, ar condicionado demorou a ser ligado.

Aline Pollilo Do G1 Rio

Passageiros que embarcavam no Terminal 1, na manhã desta quinta-feira, sofreram com o calor (Foto: Pablo Jacob / Agencia O Globo)Passageiros que embarcavam no Terminal 1 do Galeão, na manhã desta quinta-feira, sofreram com o calor (Foto: Pablo Jacob / Agencia O Globo)
Os vendedores das lojas do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, reclamam do mau funcionamento do ar-condicionado nesta quinta-feira (27), dia seguinte ao apagão que causou transtornos na noite de quarta-feira (26), quando o aeroporto ficou totalmente às escuras por 10 minutos. Segundo a funcionária de uma loja de bijuterias, as vendas caíram por causa do calor.
"Os clientes reclamam da temperatura e isso atrapalha as vendas. Os passageiros não têm paciência de ficar escolhendo os produtos com esse calor", disse ela, que não quis se identificar.
A funcionária ainda ressaltou outro problema do aeroporto: "Não é só a temperatura, também tem os banheiros com problemas e ficam interditados", disse.
Guilherme Hage, vendedor de uma loja de roupas, também fez críticas. "Isso cria um desconforto nos clientes no ato da venda. As pessoas dizem que não diferem a temperatura que está lá fora e aqui dentro", disse. O vendedor explicou que ano passado a situação era bem diferente. "A gente vinha trabalhar de casaco e todo mundo na rua achava a gente meio maluco". Guilherme lembrou que em novembro o aeroporto teve outro apagão: "A luz só voltou 20 minutos depois e o funcionamento do ar condicionado só foi normatizado no dia seguinte".
Lourdes Gama trabalha como vendedora no aeroporto há um ano e também sentiu uma queda nas vendas. "Os clientes reclamam muito do ar quente e se queixam do aeroporto. Eu percebi uma diminuição nas vendas, em relação aos outros meses". Lourdes contou que não estava trabalhando no momento do apagão, mas sua colega a contou como aconteceu: "Ela disse que foi horrível. Não conseguia enxergar nada e fechou a loja bem rápido. As pessoas com problemas de pressão vivem passando mal", explicou.
Lojistas reclamam de calor e queda nas vendas do Galeão (Foto: Aline Pollilo / G1)Lojistas reclamam de calor e queda nas vendas
do Galeão (Foto: Aline Pollilo / G1)
Sufoco
Após uma noite de muito sufoco para passageiros, a movimentação é tranquila nos dois terminais, na manhã desta quinta-feira. Por volta das 10h, não havia filas e o embarque e desembarque eram normais. Sem ar condicionado, usuários sofreram com o forte calor, no dia mais quente do Rio de Janeiro desde 1915.
O problema atingiu os dois terminais, por volta das 21h. Após duas horas, o fornecimento de luz foi normalizado no Galeão. Segundo a Light, concessionária responsável pelo serviço, um defeito no equipamento da subestação que pertence ao aeroporto Internacional Tom Jobim ocasionou o desligamento da linha de transmissão da Light, que atende a Ilha do Governador e a Ilha do Fundão.
De acordo com o superintendente do aeroporto do Galeão, Emmanoeth Vieira de Sá, a estrutura atual do aeroporto não permite que o gerador de emergência seja acionado imediatamente neste tipo de caso. Por isso, demorou 10 minutos para entrar em funcionamento.
"No nosso caso, a gente não tem essa facilidade. Ela vai estar contemplada nessa obra de revitalização, com um sistema totalmente automático para que em dez segundos entre o grupo de emergência", afirmou o superintendente.
A Infraero informou que não houve atrasos e cancelamentos de voos em decorrência do apagão. No entanto, passageiros disseram que houve atrasos, principalmente nos voos internacionais, já que durante a falta de luz não foi possível fazer check-in nos balcões das companhias.
Segundo a Infraero, a iluminação na pista não chegou a ser afetada. O gerador foi acionado, no entanto, não foi suficiente para atender todo o terminal.
Procurada pelo G1, a Light informou que equipes de técnicos do aeroporto, com apoio de funcionários da companhia, vão investigar as causas do defeito apresentado.
Falta de luz na Ilha e na Zona Oeste
Moradores de trechos da Ilha do Governador, Jacarepaguá e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, também reclamaram da falta de luz no início da noite desta quarta.
Em Curucica, um grupo revoltado com a queda de energia ateou fogo em colchões e pneus na Rua João Bruno Lobo, esquina com a Rua Vale das Rosas. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação.

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