Centro recebe pássaros que passaram por maus tratos com traficantes.
Parque dos Falcões abriga mais de 300 aves de rapina de 30 espécies.
O parque, que existe há 12 anos, começou pela iniciativa do criador Percílio Costa, um apaixonado por aves. O administrador do lugar diz que aprendeu a tratar aves com um carcará de estimação. “Ele me ensinou todos os detalhes, a entender o comportamento animal, a linguagem das aves”.
O criador tem a ajuda de um sócio, de um funcionário e de voluntários, como o veterinário e o biólogo. O lugar, mantido com o ingresso pago pelos visitantes, é o primeiro parque de conservação de aves de rapina do Brasil e se transformou num refúgio para animais levados pelo Ibama que quase sempre estão debilitados.
A harpia, que chegou há três meses ao lugar, estava nas mãos de traficantes da Amazônia. A nova moradora do Parque dos Falcões, considerada a maior ave de rapina das Américas e uma das maiores do mundo, passa por um processo de reabilitação. Com os cuidados da equipe, o animal dobrou de peso, mas continua em recuperação.
Depois que se recuperam, os animais voltam para a natureza. Apenas as aves que ficam com algum problema moram no parque. O responsável pelo parque diz que se sente um pai para cada ave. Por isso, construiu uma relação incomum com os animais. Ele perdeu a conta de quantos animais foram tratados e devolvidos à natureza em 12 anos, mas não perde de vista o carinho e o respeito pelas aves.
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