Sapucaia é vista no sul da Bahia, em meio às plantações de cacau
Há várias delas na Ceplac, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, em Ilhéus. A espécie sobrevive em meio aos pés de cacau.
Depois da floração, o fruto da sapucaia aparece. É o pixídio lenhoso, conhecido como cabaça. Lá de cima, o morcego costuma se alimentar do fruto. O mamífero é o dispersor natural da sapucaia.
Dan Érico é doutor em produção vegetal, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, e pesquisador da Ceplac há 35 anos. Ele explica que a sapucaia é muito usada como remédio natural. “Aqui na região, a cabaça, quando nova, assim que cai serve para armazenar água, que vai sendo usada em pequenas quantidades contra diabetes e como anti-inflamatório".
A sapucaia é uma árvore alta, que cresce à procura de luz, por isso, chega a atingir 30 metros de altura. Segundo pesquisadores, a sapucaia conseguiu sobreviver no sul da Bahia por causa do sistema cacau-cabruca, uma forma tradicional de cultivo.
“O sistema cabruca foi uma forma que os tradicionais encontraram de cultivar cacau. O cacau foi plantado sob a proteção de árvores da mata e ao longo do tempo, o sistema de produção garantiu a conservação e produção de forma harmônica”.
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