Fila para transplante está zerada e córneas são enviadas para outros estados.
Neste ano, o banco de olho já recebeu 659 doações; em 2010 foram 124.
Ele tem ceratocone, doença que altera a estrutura do olho e diminui a capacidade de enxergar. Quando o médico do adolescente disse que as lentes já não corrigiam a visão do garoto e seria necessário um transplante, a família dele já começou a procurar pelos bancos de olhos dos outros estados, já que em Tocantins não há o serviço.
“Fui para internet, daí vi que Brasília tinha fila de dois anos, três anos... Goiânia, fila brava também, mais de ano... E achei o banco de olhos do Paraná, sem fila nenhuma”, contou o pai de Caio, Nilton Gonçalves.
Já em Curitiba, pai e filho conseguiram atendimento, o transplante de córnea foi realizado com sucesso e Caio passa bem. “É uma compaixão você doar uma córnea para alguém que precisa, para pessoas jovens que ainda estão começando a vida agora e eu gostaria que as pessoas doassem”, comentou Caio.
Estatísticas
No Brasil, pelo menos seis mil pessoas aguardam pelo transplante de córnea, que é um procedimento delicado e leva em média 40 minutos. Em monitores, as equipes médicas conseguem ver com detalhes os olhos do paciente e devolver a visão através de uma córnea doada.
No Hospital de Olhos em Curitiba o número de doações aumentou quase cinco vezes de 2010 para 2011. Neste ano, mesmo estando ainda em setembro, o número de doadores já ultrapassou o do ano passado. Em 2010, foram 124 doações de córneas. Número que em 2011 subiu para 613 doações e em 2012, já chega a 659.
Resultado obtido depois da criação de um programa de incentivo a doação de córneas. Atualmente, o Hospital de Olhos do Paraná tem uma equipe na sede do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, responsável por diagnosticar possíveis doadores e também conscientizar as famílias sobre a importância do transplante.
“Quando iniciamos o banco, para cada dez famílias que entrevistávamos a gente conseguia três doações. Hoje, para cada dez famílias que entrevistamos, oito aceitam a doação”, conta a enfermeira Cris Vidal.
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