MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dificuldade para marcar consultas é problema apontado por eleitores


Moradora do bairro da Liberdade, na capital, aponta espera de três meses.
Exames especializados também são alvos de queixa de pacientes.

Danutta Rodrigues Do G1 BA

Posto de saúde em Pirajá (Foto: Ida Sandes/G1)Postos de saúde nos bairros são administrados
pela gestão municipal (Foto: Ida Sandes/G1)
A deficiência do atendimento nos postos municipais de saúde é uma das maiores queixas dos soteropolitanos. A falta de medicamentos, de profissionais e as filas para marcação de consultas e exames prejudicam o funcionamento adequado do sistema municipal de saúde. Reestruturar as unidades mantidas pela administração municipal é uma das propostas comuns a todos os candidatos à prefeitura de Salvador.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde mantém 51 Unidades Básicas de Saúde (UBS); 61 Unidades de Saúde da Família (USF); 10 Pronto Atendimentos (PAs); 18 Centros de Atenção Psicossocial, cinco Centros de Especialidades Odontológicas, duas Unidades de Atendimento Odontológico 24 horas, sete residências terapêuticas e três Centros de Saúde Mental.
De acordo com a Secretaria, as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Saúde da Família disponibilizam consultas médicas de atenção básica, sendo que a primeira em clínica geral, ginecologia e pediatria; e a segunda em clínica geral. Para realizar a marcação da consulta, os pacientes devem se dirigir à unidade mais próxima de casa, com documento que tenha foto, comprovante de residência e cartão SUS para realizar o cadastramento.
Já as consultas médicas especializadas podem ser marcadas em todas as unidades de saúde do município, por meio do sistema informatizado, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. Além dessas alternativas, os pacientes podem ligar para o Disque Saúde 160, e evitar o deslocamento.
O Disque Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Porém, de acordo com a moradora do bairro da Liberdade, Bárbara Cristina, o tempo de espera para a marcação de uma consulta simples na rede municipal de saúde leva cerca de três meses, quando é possível agendar o atendimento. Em relação aos exames, a situação ainda é mais complexa. “A única vez que consegui fazer um exame foi porque eu tinha um conhecido no posto”, relata Bárbara. Ela ainda conta que marcar uma consulta de alta complexidade é quase impossível. “Eu nem tento porque nunca consigo”, conclui.
Além das dificuldades na marcação das consultas, a população ainda encontra problemas em relação ao funcionamento dos postos. Funcionários do posto Maria da Conceição Santiago Imbassahy, localizado no bairro do Pau Miúdo, paralisaram as atividades por causa do atraso no pagamento dos salários.
Essa situação foi denunciada na segunda-feira (24), e, segundo usuários da unidade de saúde, há uma semana eles estão sem atendimento no local. A situação prejudicou o cumprimento das consultas que estavam marcadas há pelo menos três meses.
Filas
É comum a formação de enormes filas nos postos de saúde para a marcação de consultas e exames especializados, sempre na primeira semana de cada mês. O motivo, segundo a prefeitura, é a liberação das vagas para esse agendamento nas clínicas conveniadas ao SUS que sempre é feito nesse período. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a capacidade instalada na rede pública não estava sendo suficiente para atender as demandas de saúde no município. Para minimizar esse problema, em março de 2012, a Secretaria Municipal de Saúde lançou o chamamento público para credenciar clínicas de 24 especialidades médicas, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços. Porém, esse processo ainda está em fase de estudo.
Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria, os postos são responsáveis por realizar atendimentos de atenção básica, onde devem ser realizadas consultas médicas, procedimentos básicos como aferição de pressão arterial, vacinação, distribuição de medicamentos e curativos. Já os procedimentos de urgência e emergência são realizados nos Prontos Atendimentos. Ao todo, 55 especialidades médicas são disponibilizadas pelo sistema municipal de saúde, entre elas estão ortopedia, oftalmologia, oncologia, cardiologia, pediatria e otorrinolaringologia.
Posto de saúde em Pirajá (Foto: Ida Sandes/G1)Posto de saúde no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador (Foto: Ida Sandes/G1)

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