Espécie está ameaçada pela grande exploração comercial da madeira.
Reservas de Santa Catarina guardam boa quantidade de exemplares.
Na reserva em Corupá, no norte de Santa Catarina, estão catalogadas 380 árvores da ocotea catharinensis, como é conhecida cientificamente a canela preta. A espécie está ameaçada de extinção por causa da grande exploração comercial da madeira.
“Madeira de canela preta foi extremamente procurada por imigrantes e depois pela indústria por ser muito durável e própria para fazer móveis, assoalho e casa. Era uma madeira praticamente perfeita. Muitos móveis hoje feitos na Inglaterra, com certeza, são feitos de canela preta saída do Vale do Itajaí e da região norte do estado de Santa Catarina”, diz o biólogo Ademir Reis.
A árvore se adapta bem no clima tropical quente, em áreas de floresta litorânea, com bastante umidade. Por isso, no Brasil as poucas árvores remanescentes são encontradas do Rio Grande do Sul até o sul de São Paulo. Para dar condições para a espécie sair da lista de ameaçadas de extinção seria necessário um programa de mudas e sementes.
“O fato dos remanescentes que existem dessa espécie estarem agrupados, como os 380 indivíduos dessa reserva, elas só conseguem se cruzar entre elas. Isso vai gerando um problema de falta de variabilidade genética. Então, vai cruzando pai com filho com mãe com primo. Faz com que as plantas tenham menos vigor, que germine menos, que ela tenha menos possibilidade de sobrevivência. Dificilmente, chegam a ser plantas adultas”, diz Reis.
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