MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Presidente eleito do México defende ampliação do comércio automotivo


Brasil limita importação para reduzir deficit da balança e proteger indústria.
'Melhor que limitar os fluxos é ampliar a relação comercial', disse Peña Nieto.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília

Em visita ao Brasil, o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, defendeu a ampliação do comércio de automóveis entre ambos os países. Desde 2002, o Brasil impõe uma cota de importação de veículos mexicanos a fim de reduzir o déficit da balança comercial e proteger a indústria nacional.
Peña Nieto foi recebido nesta tarde pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ao final da reunião, o mexicano afirmou que pretende ampliar a relação comercial com o Brasil e não restringi-la.
O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, e a presidenta Dilma Rousseff, durante encontro no Palácio do Planalto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, e a presidenta Dilma Rousseff, durante encontro no Palácio do Planalto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

De janeiro a agosto, segundo informações do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil acumulou deficit na balança comercial com o México de US$ 173,3 milhões.
Segundo o Acordo de Complementação Econômica assinado pelos dois países, as importações de carros mexicanos pelo Brasil ficarão restritas até 2015. De março deste ano – data em que o acordo foi renegociado – até abril de 2013, essa cota é de US$ 1,45 bilhão, dividida entre as montadoras. Até 2015, outras duas cotas diferentes serão implantadas, com valores que crescem progressivamente até US$ 1,64 bilhão.
"Queremos alcançar uma maior relação comercial, uma maior abertura", disse o presidente. "Creio que a melhor forma de dar solução ao tema [setor automotivo] é gerando maiores incentivos, [...] buscando maior equilíbrio da balança comercial, procurando oportunidades para que a produção do Brasil tenha presença no México. Melhor que limitar os fluxos é ampliar a relação comercial México-Brasil", declarou Peña Nieto.
O presidente mexicano saiu da reunião com Dilma, segundo disse, "completamente otimista". "O mercado consumidor que entre ambos os países é verdadeiramente importante. São mais de 300 milhões de consumidores e os fluxos comerciais que temos são muito baixos", afirmou.

Petrobras
Peña Nieto quer conhecer melhor o que chamou de "reforma modernizante" da Petrobras. Ele pretende aplicar o modelo brasileiro à estatal petroleira mexicana, a Petróleos Mexicanos (Pemex). "Esse é um modelo que sem dúvidas inspira o que queremos fazer no México", afirmou.
"É uma fórmula que permite fazer com que a empresa de todos os mexicanos alavanque maior desenvolvimento econômico, que favoreça a geração de mais investimentos produtivos e maior geração de empregos e, sobretudo, permitir que neste fortalecimento do Estado se possam adotar políticas públicas que, como aqui no Brasil, permita combater a pobreza e atender a necessidades dos setores que mais necessitam", disse o presidente.

Eleição
Enrique Peña Nieto foi declarado presidente eleito do México em 31 de agosto passado, após o Tribunal Eleitoral, em decisão unânime e inapelável, descartar uma reivindicação dos partidos de esquerda para que a eleições de 1º de julho fossem consideradas inválidas.
Seu partido, o Partido Revolucionário Institucional (PRI), volta ao poder após 12 anos. Ele sucede Felipe Calderón na presidência.
Penã Nieto aproveitou o encontro com Dilma Rousseff para convidá-la a participar de sua posse, marcada para 1º de dezembro deste ano.

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