MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cearense é garota-propaganda de campanha para doação de órgãos


Campanha foi lançada em todo o país.
Menina Nívea Maria, 12 anos, vive com um coração doado há oito anos.

Gabriela Alves Do G1 CE

garota propaganda da campanha de doação de órgãos (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Nívea Maria e a mãe, Francisca Castro
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Na escola, a rotina da menina Nívia Maria Castro Alves, de 12 anos, já mudou depois que os colegas de turma souberam que ela viajou para Brasília a convite do Ministério da Saúde. A cearense que mora em Fortaleza é a garota que estrela a nova campanha de doação e transplantes de órgãos lançada nesta quinta-feira (27).  Nívea vive há oito anos com um coração doado e, agora, além de ser exemplo de superação, se tornou celebridade entre os amigos.
“Todos os meus amigos sabem no meu colégio. As meninas passam olhando para mim. Todo mundo brinca”, dia Nívia. “Vejo que vai abrir os corações de outras pessoas porque ainda tem muitas crianças que estão precisando disso. Como eu precisei, tem outros outros precisando”, afirma. Nesta quinta-feira, foi comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos.
garota propaganda da campanha de doação de órgãos (Foto: cartaz da campanha)Cartaz da campanha de doação de órgãos
(Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
A cearense viajou no mês de agosto para fazer as fotos da campanha acompanhada da mãe Francisca Castro que não esconde o orgulho da filha. Na hora do convite, intermediado pela Secretaria de Saúde do Ceará, Francisca não pensou duas vezes para contar a história de Nívia para todo o país. “Eu fiquei emocionada (nas fotos). Feliz de vê-la cheia de vida, bem mesmo. As outras pessoas sabem que ela é transplantada só porque eu falo. Penso nas mães dos filhos que estão precisando de um rim, de um fígado. É importante que outros vejam que ela está bem”, diz a mãe.
Transplante
Com oito dias de vida, Nívia Maria foi diagnosticada com má formação rara no coração, a atresia tricúspide. Aos três meses de idade, fez a primeira cirurgia. Com três anos e três meses, a menina já tinha enfrentado quatro cirurgias e entrou na lista de transplante. “Eu vivia mais no hospital do que em casa. Ver uma criança andando, correndo, isso não acontecia com ela. Não era fácil, principalmente, na época dela ”, lembra Francisca
Seis meses depois de esperar por um transplante, no dia 8 de junho de 2004, a menina recebeu um novo coração no Hospital de Messejana, referência nacional nesse tipo de cirurgia. “Nunca perdi a esperança. Sempre confiando porque eu sabia que a Nívia ia ter vitória”. A mãe da menina ficou impressionada com a compatibilidade o doador da filha. “O doador era como se fosse um irmão dela”, conta.
nívea maria (Foto: Francisca Castro/Arquivo Pessoal)Nívea fez a primeira cirurgia aos três
meses  (Foto: Francisca Castro/Arquivo Pessoal)
Aos 12 anos, Nívia vive como qualquer outra pré-adolescente da idade dela. Ela adora se maquiar, ir ao shopping e navegar pela internet. A cicatriz que guarda no peito não causa vergonha e, para a pequena mulher, é símbolo de vitória.
Mesmo com uma rotina normal, ela passa por um check up de dois em dois meses e, de tanto ir ao hospital, despertou a paixão pela medicina. “Quero ser pediatra. Eu quero cuidar das crianças e fazer uma faculdade boa de medicina”, diz.

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